O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) foi retirado à força da mesa diretora da Câmara dos Deputados na tarde desta terça-feira (9). A ação foi executada por policiais legislativos.
Horas antes do tumulto, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que os deputados devem analisar uma possível cassação de mandato de Glauber, acusado de agressão a um manifestante do Movimento Brasil Livre (MBL) na Câmara. O episódio ocorreu em 16 de abril de 2024.
A ação dos policiais ocorreu após Glauber se recusar a deixar a mesa diretora. Os agentes também começaram a esvaziar o plenário. Além disso, a TV Câmara cortou a transmissão do plenário.
Veja o momento da retirada do deputado Glauber Braga da mesa diretora da Câmara:
Imprensa é retirada do plenário
A TV Câmara cortou o sinal às 17h34, mesmo horário em que a imprensa começou a ser retirada do plenário e impedida de acompanhar a movimentação. Questionada sobre a retirada da imprensa, a assessoria de Hugo Motta disse que a medida foi adotada em razão de um protocolo e não por ordem do presidente da Câmara.
A assessoria não informou que protocolo foi acionado e como os procedimentos para situações como esta foram definidos.
Quando Glauber ocupou a mesa, os deputados estavam na primeira fase da sessão da Câmara, que hoje deve votar o Projeto da Dosimetria, que prevê a redução da pena do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros condenados pela tentativa de golpe.
Após ser retirado, deputado afirmou ter pedido a Hugo Motta "1% do tratamento" dispensado aos parlamentares que "sequestraram a Mesa Diretora da Câmara por dois dias". "Ali, sobrou negociação e diálogo. Em nenhum momento, foi cogitada a possibilidade a retirada à força daqueles deputados pela polícia legislativa", disse Glauber, em coletiva de imprensa.