O bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, condenado por colocar uma bomba em um caminhão-tanque nos arredores do Aeroporto Internacional de Brasília, em 24 de dezembro de 2024, foi preso na noite de terça-feira (9), na cidade do Guará, no Distrito Federal. A prisão ocorreu às 20h30, e Sousa foi levado para a 1ª Delegacia de Polícia Civil, em Brasília.
Sousa estava foragido desde o fim de junho, quando teve mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O magistrado acolheu denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusou Sousa de associação criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e atentado contra a segurança de transporte.
Em julho, após tentativas frustradas de localizar Sousa, Moraes determinou sua notificação por edital, registrando que Sousa estava “foragido e, portanto, em local incerto e não sabido”.
Condenação
Sousa havia sido condenado na primeira instância da Justiça do Distrito Federal a nove anos de prisão.
A primeira prisão de Sousa aconteceu em 24 de dezembro de 2024, no mesmo dia em que colocou a bomba no aeroporto de Brasília. O artefato só não explodiu por falha técnica.
Em fevereiro deste ano, ele passou para o regime aberto.
O inquérito sobre o caso foi encaminhado ao STF devido à conexão com os crimes cometidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023.
O próprio réu confessou que gastou cerca de R$ 170 mil em armas par a preparar um possível atentado em Brasília. Esse dado foi incluído na denúncia da PGR, que relacionou os atos de Sousa a movimentos golpistas mais amplos contra o Estado Democrático de Direito.