O desfile oficial de 7 de setembro foi marcado pelo mote ‘Brasil soberano’, adotado pelo governo em resposta às tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e outras sanções aplicadas contra o país pelo governo dos Estados Unidos.
O evento teve a distribuição ao público de bonés ‘Brasil soberano’, em verde, azul e amarelo. O presidente Lula (PT) chegou à Esplanada dos Ministérios às 9h em carro aberto.
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não compareceram, às vésperas do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado. O presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, por exemplo, viajou à França.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), esteve presente. Gritos de "Sem anistia" soaram de parte do público, contra as articulações parlamentares voltadas à aprovação de um projeto para anistiar os condenados pela tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), não compareceu, pois está de viagem ao Amapá.
Ministros do centrão também estiveram presentes à solenidade. André Fufuca (PP), do Esporte, e Celso Sabino (União), do Turismo, participaram mesmo depois de seus partidos anunciarem desembarque do governo nesta semana.
Patriotismo
Em sintonia com o mote ‘Brasil soberano’, crianças de escolas públicas desfilaram vestindo verde e amarelo e uma bandeira de 140 m², carregada por 40 pessoas, com o mesmo lema.
A ofensiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil abriu caminho para o governo Lula resgatar símbolos nacionais que foram abraçados pela direita e pelo bolsonarismo nos últimos anos.
O desfile também destacou pautas importantes do governo, como a COP30, organizada pelo Brasil e que será realizada em Belém (PA) em novembro. Outro tema levado à Esplanada dos Ministérios foi o Novo PAC (Programa de Aceleração de Crescimento).
O desfile teve segurança reforçada, em meio a manifestações da direita e da esquerda marcados pelo país. A segurança do desfile ficou a cargo do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), PF (Polícia Federal), Forças Armadas e pelos órgãos de segurança pública do Distrito Federal.
O acompanhamento está sendo feito durante toda a semana. Em conjunto com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), as forças de segurança têm monitorado a entrada de possíveis caravanas de protesto no Distrito Federal e no entorno da Esplanada dos Ministérios, onde ficam os Poderes e onde ocorrerá os desfiles.
