Por receio de que a oposição possa usar uma chamada de vídeo íntima para prejudicar a chapa, o deputado Pedro Paulo (PSD), então favorito para ser o vice de Eduardo Paes à Prefeitura do Rio de Janeiro, resolveu desistir da disputa. Com isso, cresce a possibilidade de outros nomes dentro do partido, como Carlo Caiado, presidente da Câmara Municipal, e Eduardo Cavaliere, de compor a chapa.

A escolha de um nome de sua confiança se deve pela possibilidade de Eduardo Paes se desvincular do Poder Público Municipal e se lançar a Governador do Rio de Janeiro em 2026. Por isso, o nome do vice só será divulgado nos últimos dias de registro da chapa.

Na convenção do PSD, Pedro Paulo foi chamado de "é o nosso vice", quando foi chamado para discursar

Alas do PSD indicam os prós e contras para Eduardo Cavaliere e Carlo Caiado, mas há quem ainda aposta que Pedro Paulo possa voltar atrás até agosto. Para o ex-secretário de Paes, mesmo com sua boa gestão na Casa Civil, sua idade pesa, já que poderia se tornar prefeito com 31 anos, algo que muitos consideram precoce para um jovem na política. Caiado está no quinto mandato como vereador e sua condução na Câmara Municipal vem sendo elogiada por diversos partidos, além de ter um trâmite nos bastidores da política carioca.

Dois nomes fortes da política paranaense estão dispostos a disputar a Prefeitura de Curitiba: os ex-governadores Roberto Requião e Beto Richa. O primeiro, depois de anos sendo filiado ao MDB, saiu do partido e foi para o PT, para ser oposição a Ratinho Júnior, atual governador do Paraná, e palanque para Lula nas eleições de 2022. Crítico dos rumos do PT no Palácio do Planalto, deixou a sigla e foi para o Mobiliza, que está se reestruturando na capital paranaense. Segundo ele, sua pré-candidatura serve para dar ao povo curitibano um nome experiente e que sabe aquilo que a cidade precisa para crescer novamente.

Beto Richa vem pelo PSDB, que está muito enfraquecido na época em que fora governador do Paraná (2011-2018). Mesmo assim, acredita que pode ter êxito, por suas obras enquanto fora prefeito de Curitiba (2005-2010). Richa tentou ser senador em 2018, mas ficou apenas em sexto lugar. Depois, tentou ser deputado federal, mas os escândalos que o levaram para a prisão três vezes entre outubro de 2018 e novembro de 2019 podem ter atrapalhado a eleição. Ele assumiu a vaga depois que um correligionário perdeu a vaga por decisão da Justiça Eleitoral.

Os dois devem disputar a prefeitura com Andrea Caldas (PSOL), Cristina Graeml (PMB), Luizão Goulart (Solidariedade), Maria Victoria (PP), Ney Leprevost (União Brasil), Samuel de Mattos (PSTU) e os favoritos Luciano Ducci (PSB), que vem com uma frente ampla de esquerda contra Eduardo Pimentel (PSD), atual vice-prefeito, já que Rafael Greca não pode ser reeleito, pois está no segundo mandato, que costura apoios do PL e do Novo, de Deltan Dallagnol.