Por: Rudolfo Lago

União Brasil expulsa Chiquinho Brazão do partido

Rueda pede expulsão de Chiquinho Brazão | Foto: Reprodução

Depois da grossa briga pelo comando do partido, inclusive com a suspeita de dois incêndios criminosos, o União Brasil vê-se novamente envolvido em um escândalo, com a prisão na manhã desde domingo do deputado federal Chiquinho Brazão (RJ), apontado como o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes.

Para evitar aumentar ainda mais o desgaste sobre a legenda, o presidente do União, Antonio Rueda, resolveu fazer, ainda no domingo, uma reunião virtual da Executiva Nacional para determinar a expulsão de Chiquinho Brazão. Na verdade, desde que o nome do deputado apareceu envolvido nas investigações do caso Marielle já havia essa intenção. E inicialmente estava marcada uma reunião da Executiva com esse propósito para a terça-feira (26). Com a prisão, Rueda resolveu antecipar.

É mais uma crise no União, que vive a renhida disputa entre Rueda e o deputado Luciano Bivar (União-PE) pelo comando. No dia 20 de março, Bivar foi afastado do comando do partido, que passou a ser presidido por Rueda, que era o vice-presidente. No mês passado, Rueda tinha sido eleito para presidir o União após o fim do mandato de Bivar, que não aceitava a decisão e tentou anular a eleição. Depois disso, as casas de praia de Rueda e de sua irmã, Patrícia, foram incendiadas. E o União Brasil entrou com ação contra Bivar alegando que os incêndios teriam sido criminosos, e que Bivar chegara a ameaçar Rueda de morte.

Após a prisão, Rueda divulgou nota informando a abertura de processo disciplinar contra Chiquinho Brazão. Segundo ele, o deputado já não mantinha relacionamento com o partido e já tinha solicitado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a intenção de se desfiliar. O que já reforçava a tendência de expulsão.

Cassação

O Psol também entrou na tarde de domingo (24) com representação pedindo a cassação do mandato de Chiquinho Brazão.

Na representação, o partido alega que Brazão poderia se valer de seu mandato para atrapalhar as investigações. Além disso, para o partido, sua presença no parlamento afetaria a imagem da Câmara.

“A sua cassação é uma necessidade”, diz a representação. “A cada dia que o representado continua como deputado federal, é mais um dia de mácula e mancha na história desta Câmara”, diz o Psol na representação encaminhada ao Conselho de Ética.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.