Ao que tudo indica, o presidente Lula bateu o martelo para as escolhas no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Procuradoria-Geral da República (PGR). Enquanto na Suprema Corte o indicado deve ser o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a PGR está em vias de ser comandada por Paulo Gonet.
Segundo informações dos repórteres Bruno Boghossian e Julia Chaib, da Folha de São Paulo, o anúncio acontecerá nesta segunda-feira (27), antes do embarque do presidente para a Arábia Saudita.
A equipe de Lula acredita que os dois indicados sejam aprovados antes de 23 de dezembro, quando se inicia o recesso parlamentar. O petista que deixou os dois cargos vagos desde o fim de setembro.
Vaga do STF
Dino já era um dos nomes cotados para a vaga de Rosa Weber, que deixou o STF ao completar 75 anos de idade, por aposentadoria compulsória. Natural de São Luís, capital do Maranhão, fez carreira jurídica no estado como juiz, antes de iniciar sua caminhada política. Foi secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça, presidente da Associação dos Juízes Federais e assessor da presidência do STF.
Foi deputado federal, presidiu a Embratur durante o mandato da presidente Dilma Rousseff e governou o Maranhão de 2015 a 2022, quando se lançou para o Senado Federal, cargo ao qual foi eleito, mas se licenciou para ser ministro da Justiça.
O novo PGR
Na sucessão de Augusto Aras, cujo mandato terminou em 26 de setembro, dois nomes, ao longo dos últimos dias, vinham despontando como favoritos: Paulo Gonet e Antonio Bigonha. Enquanto o primeiro tem o apoio dos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, do STF, o segundo conta com a simpatia de várias alas do PT
Em relação a Gonet, Lula chegou a ouvi-lo em setembro, quando também teve encontro com o subprocurador Antonio Bigonha, que tem apoio massivo no PT e era apontado como principal favorito.
A PGR está sendo comandada de forma interina pela subprocuradora-geral Elizeta Maria de Paiva Ramos, vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal.
Votações
As sabatinas e votações de Dino e Gonet devem movimentar o Senado em dezembro, juntamente com outras indicações de Lula para o Banco Central, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e a Defensoria Pública da União.
Integrantes do governo dizem que há um acordo com a cúpula da CCJ e do Senado para que essas votações se esgotem até o fim do ano.
