Por: Redação CM

Rio em defesa da Liberdade Religiosa

Praia de Copacabana recebe a 16ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa. | Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Mais uma vez a Orla da praia mais famosa do mundo foi palco de um dos atos mais importantes que o Brasil tem atualmente. Foi realizada, neste domingo (17), a 16ª Caminhada da Liberdade Religiosa, que tradicionalmente acontece no terceiro domingo de setembro.

Mesmo com alegria diante de apresentações de grupos culturais e religiosos, todos estiveram em um só intuito, contra a intolerância religiosa que está cada vez mais em alta num país que é considerado Laico.

Sem bandeiras políticas ou partidárias, a caminhada surgiu em 2008 em reação a episódios crimes no Morro do Dendê, na Ilha do Governador. Na ocasião, adeptos das religiões de matriz africana foram expulsos da comunidade e impedidos de utilizar suas vestimentas.

Como o Correio sempre defende a liberdade religiosa, em um breve levantamento já divulgado em nossas reportagens, é concreto o aumento do preconceito e crimes relacionados à religião. Somente em um ano, o número de denúncias cresceu em 106%. Em 2021, foram 583 registros e no ano seguinte, 2022, o total saltou, absurdamente, para 1,2 mil.

Mesmo tendo São Paulo como o estado recordista destes casos inaceitáveis, o Rio vem logo depois.

Parabéns aos envolvidos e organizadores de mais edição de um evento tão importante para a 'ensinar' a sociedade brasileira que devemos viver em um país em que não exista preconceito e que a religião do próximo mereça ser respeitada, independentemente de qual seja ela.

Como aceitar a informação de que no dia 17 de agosto, uma sacerdotisa do candomblé, líder quilombola e da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq), foi brutalmente assassinada dentro da associação do Quilombo Pitanga dos Palmares, no estado da Bahia?

Outro caso também que denunciamos recentemente foi uma prefeitura no interior paulista negando apoio a um evento relacionado ao candomblé e, dois meses depois, dando total apoio a uma marcha realizada por um grupo de evangélicos.

Gente, o preconceito e a intolerância religiosa matam, portanto, todos devem se unir para que, de pouco em pouco, consigamos extinguir esse mal que assola o Brasil.

 

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