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Uma vergonha para as religiões

O Correio da Manhã sempre foi um defensor de um Estado Laico, e sempre que existem informações relevantes de determinada religião, seja qual for ela, veiculamos em nossos jornais e portais. Além de relatarmos também em nossos editoriais.

Este texto irá sim abordar tema ligado a religiões, porém, algo inaceitável. Rotineiramente vemos casos de intolerância religiosa no país, com depredações — exemplo disso foi uma imagem de Iemanjá, Orixá cultuado em religiões de matriz africana, destruída recentemente na praia de São Luís, no Maranhão.

Mesmo que repudiando totalmente casos de intolerância no Brasil, temos outro assunto ainda mais revoltante e vergonhoso acerca de religiões existentes em território brasileiro. Quando seguimos determinada crença, depositamos o nosso respeito ao líder religioso que ali está passando seus ensinamentos e reflexões. Seja padre, pastor, sacerdote ou pai de santo, todos estão ali como representantes da religião que pertence. Porém, quando no noticiário vemos casos de abuso sexual envolvendo tais "líderes" nos causa uma revolta tremenda.

Neste editorial temos três exemplos concretos de casos inaceitáveis envolvendo três religiões diferentes. O primeiro deles, em abril, um pastor foi preso em flagrante por abusar de parente menor de idade dentro de um carro. Segundo ele: 'precisava ser curado através do sexo'; o segundo caso, há cerca de dez dias, um pais de santo foi preso por estupro de vulnerável envolvendo duas meninas; já o terceiro, o mais recente, um padre foi detido nesta segunda-feira, 24 de julho, por suspeita de abusar de meninas dentro da própria paróquia que representava.

Como tomar ciência de fatos criminosos como estes envolvendo líderes religiosos, e não nos revoltarmos? Impossível. Vai muito contra — e longe — dos princípios defendidos nos cultos, missas e giras. Um total desrespeito às religiões que praticam e aos frequentadores, que os ouvem. Teriam que ter vergonha, o que muita das vezes não acontece. Aliás, vergonha não seria, de perto, a palavra correta.

 

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