A força que move a Cidade do Rock

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O esgotamento do Rock in Rio Card em menos de uma hora, na noite desta terça-feira, 9 de dezembro, confirma mais uma vez a potência de um festival que ultrapassa a dimensão do entretenimento e se consolida como um ativo cultural e econômico do país. Não se trata apenas de música. Trata-se de uma engrenagem que mobiliza setores inteiros da economia, impulsiona o turismo nacional e internacional e reafirma o Rio de Janeiro como vitrine global a cada dois anos. A corrida por ingressos antecipados, antes mesmo do anúncio completo das atrações, é um indicativo claro da confiança do público na entrega que o Rock in Rio proporciona.

A edição de 2026 já nasce cercada de expectativa. O anúncio de artistas como Elton John, Gilberto Gil, Demi Lovato e Maroon 5, somado às inovações estruturais planejadas para a Cidade do Rock, sinaliza um evento à altura de sua trajetória. O novo Palco Mundo, completamente revestido de painéis de LED de altíssima definição, e o retorno do espetáculo aéreo The Flight, com coreografias acrobáticas e fogos diurnos, reforçam o compromisso do festival com experiência, tecnologia e renovação constante.

Esse esforço de reinvenção não é fruto do acaso. O festival transformou-se em símbolo de organização e planejamento de longo prazo, capaz de mobilizar milhares de profissionais e preparar a cidade para receber um fluxo intenso de visitantes. A cada edição, a dimensão do impacto econômico e social é evidente. Em 2024, por exemplo, o festival gerou cerca de R$ 2,9 bilhões para a economia do Rio. Foram gerados aproximadamente 32,6 mil empregos diretos e indiretos em setores que vão da hospitalidade e transporte à infraestrutura, audiovisual e serviços de apoio.

A hotelaria da cidade também colheu os frutos. A ocupação dos hotéis atingiu 95 por cento durante os dias do evento, com muitos estabelecimentos registrando as tarifas médias mais altas dos últimos anos e recordes em receita por quarto disponível. Bares, restaurantes, comércio, transporte e serviços diversos são diretamente beneficiados por esse movimento. O festival atraiu centenas de milhares de visitantes, quase metade oriundos de fora do estado, um claro impulso ao turismo nacional e à circulação de riquezas pelo país.

O modelo de sucesso do festival se fortalece ainda pelo alcance da marca. Com a alternância entre o Rock in Rio, no Rio, e The Town, em São Paulo, o Brasil ganha um calendário cultural contínuo, distribuindo os benefícios do turismo, da cultura e da geração de empregos entre as duas maiores metrópoles do país.

Com a compra dos Rock in Rio Cards para 2026 encerrada em poucas horas, a expectativa agora se volta ao anúncio completo do line up e à abertura das vendas gerais. Se os primeiros sinais, como a alta demanda e a confiança do público, já são tão expressivos, os próximos meses devem confirmar o que o próprio festival já provou diversas vezes. O Rock in Rio é mais do que um grande festival.