Clima mundial precisa ser prioridade

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Novembro está quase chegando e o mês de outubro vai terminar com uma frente fria extremamente incomum para a época. A essa altura do campeonato, em condições normais, o famoso calorão brasileiro já estaria batendo à porta. Porém, nos últimos anos, vem ficando cada vez mais difícil definir exatamente as quatro estações do ano.

E isso é impacto das mudanças climáticas. Há muitos anos, quando se falava em "aquecimento global", as pessoas idealizavam um mundo cada vez mais quente. No entanto, esse conceito já se mostrou impreciso, porque um dos grandes sintomas da urgência climática é justamente o extremo de temperaturas. Por exemplo, o Brasil tem vivido pouquíssimas épocas de temperaturas amenas. Ou está muito quente ou está muito frio. Parece não haver meio termo.

Ao mesmo tempo, catástrofes naturais parecem aumentar anualmente. E a tendência é piorar.

O Brasil e o mundo têm uma chance de ouro no próximo mês, com a vinda da COP30 para Belém. É a oportunidade que as lideranças do mundo terão para tentarem convencer as outras a investirem muito no combate às mudanças climáticas.

É uma causa urgente que não mais afetará "apenas" as futuras gerações. Quem estiver vivo pelos próximos 10 ou 15 anos já sentirá um impacto ainda mais brusco que o atual.

Se medidas de combate não forem tomadas e cumpridas à risca - diferentemente do "Acordo de Paris", que foi violado incontáveis vezes na última década -, a humanidade caminha para um futuro em que a existência na Terra se tornará insustentável.