Substância deixa o país em alerta
A possível morte do advogado Luiz Fernando Pacheco e a internação do cantor Hungria praticamente ligaram o sinal de alerta vermelho no país sobre a contaminação de metanol em bebidas. Segundo dados do Ministério da Justiça há 59 casos de suspeitas de internações pela ingestão da substância, com a maioria sendo em São Paulo. Os demais estados da Federação já estão fiscalizando bares e restaurantes e até mesmo municípios fazendo leis para endurecer as regras em estabelecimentos. E o que mais intriga a todos é como uma substância utilizada em combustíveis vem a aparecer em destilados.
A toxicidade do metanol ocorre principalmente após sua ingestão, mas também pode acontecer por inalação ou absorção pela pele em altas concentrações. Nas primeiras 24 horas, os sintomas de quem ingere a bebida são: Náuseas, vômitos, dor de cabeça, tontura, fraqueza, sonolência, dor abdominal e sabor adocicado na boca. Por serem sintomas muito parecidos com os da intoxicação por álcool comum, ele pode dificultar o diagnóstico nas primeiras horas após a ingestão. Contudo, passadas as 24 horas, é quando a substância começa a irradiar mais no corpo humano, fazendo com que tenha: queda rigorosa no PH do sangue, convulsões, parada respiratória e o fator que mais o qualifica, a cegueira.
Mais do que a população tomar o devido cuidado de onde ingere destilados, os bares e restaurantes devem verificar a procedência dos produtos aos quais estão comprando e levando para o consumo das pessoas. Neste momento em que o país está em alerta por um surto de intoxicação por um álcool usado em combustíveis e produtos químicos, todo o cuidado deve ser redobrado na hora de curtir a noite ou mesmo as festas em fim de semana.
A saúde é um elemento importante e não deve ser levada em segundo plano na hora do momento de lazer. Seja apenas numa "saidinha" ou numa "baladinha", o cuidado deve ser fundamental, para não sofrer contaminação e parar no hospital, pois os efeitos do metanol no corpo são nefastos e podem levar à morte, em questão de dias e até de horas, se o diagnóstico não for preciso.