Isolamento: Donald Trump usa as redes sociais para desunir seu povo e estimular a intolerância.

Donald Trump foi exaltado na manifestação de radicais da direita do Reino Unido, nesse final de semana, em Londres.

As palavras de ordem eram de "Unir o Reino". Elon Musk, a pessoa mais odienta e rica do mundo, participou de forma virtual. 150 mil pessoas na região de Westminster pronunciavam palavras de ordem de ódio aos imigrantes. Houve quebradeira e feridos. Mais de duas dezenas de policiais ficaram feridos.

Donald Trump transformou o serviço de imigração e fronteira dos Estados Unidos na sua polícia fascista e perseguidora de imigrantes. O ICE, Immigration and Customs Enforcement, se tornou o pavor de latinos, asiáticos, africanos e árabes que imigraram para o país na crença de que a América ainda seria a terra da oportunidade.

Na Av Paulista, no 7 de setembro, uma bandeira dos Estados Unidos e bonés de Trump fizeram parte da manifestação da extrema direita brasileira. Numa demonstração ridícula de subserviência e ode ao país que desde o dia 20 de janeiro desse ano, é governado por um megalomaníaco que sob o lema "América grande de novo" tem fomentado o ódio e o racismo em todo o planeta.

Um empreendedor imobiliário de alto luxo que já quebrou algumas vezes, que blefa, que usa as redes sociais para gerar polêmica o dia inteiro no seu país e no mundo, mas que de concreto só tem levado o povo americano para o isolamento e com risco de uma desaceleração da sua economia que já causa danos na geração de empregos e na perspectiva de crescimento de seu produto interno bruto.

O presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt, de 1933 a 1944, usou o rádio com suas "conversas ao pé da lareira" para enfrentar a grande recessão norte-americana e unir o país contra o nazifascismo. Donald Trump usa as redes sociais para desunir seu povo e estimular a intolerância.

Os danos que o presidente americano quer provocar nos países desobedientes às suas taxações são estímulos para que tanto europeus como nações como o Brasil, China, Índia e África do Sul, entre outras, busquem novos canais de comércio e integração econômica. O que certamente nos levará a um maior conhecimento e intercâmbio de culturas e hábitos de bilhões de seres humanos que se conhecem pouco, que ignoram como vivem seus semelhantes, suas histórias e aspirações.

Quem sabe Trump e a extrema direita não acabem sendo úteis para que o mundo se dê conta de que não há outro caminho que não seja a democracia e a fraternidade entre os povos?

*Jornalista. Instagram

@sergiocabral_filho