O dia 11 de setembro ficou marcado na história mundial pelo atentado às Torres Gêmeas do World Trade Center. Desse dia em diante, o esquema de segurança nos Estados Unidos — e no mundo como todo — mudou drasticamente, ficando mais rígido. Porém, no Brasil, o 11 de setembro ficará marcado como a data em que o Supremo Tribunal Federal condenou um ex-presidente a 27 anos e 3 meses de prisão, por, entre outros crimes, tentativa de golpe de Estado.
Datas iguais, bem diferentes, mas que, pela coincidência, vão entrar para a história de seus respectivos países.
Bolsonaro, Braga Netto, Augusto Heleno, Ramagem, Anderson Torres, Paulo Sérgio Nogueira, Mauro Cid e Almir Garnier foram os responsáveis por um plano de tentar tomar o poder pelas vias militares e golpistas. De acordo com a Primeira Turma do STF, eles tramaram esse plano, chamado de Punhal Verde e Amarelo, para impedir a continuidade do governo Lula, mesmo após a sua posse.
Um fato que levará aos historiadores a perceber como a história pode ser cíclica e, ao mesmo tempo, cheia de altos e baixos. Pensar que militares tramariam um golpe de Estado depois de anos no poder é algo a se pensar e poderia acontecer ou não.
Mais do que os fatos políticos desse ato, que são muitos, importante ressaltar o poder histórico desse acontecimento, que deve ser bastante debruçado, com várias fontes, antes de ter uma resposta concreta.
Julgar a foto pela capa nunca deve ser a função de um historiador, e sim pesquisar o que está por detrás dela.
*Historiador e Jornalista.