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Das redes sociais para o destino final

Na era da conexão permanente, o celular se tornou o principal guia turístico do brasileiro. A recente pesquisa do Ministério do Turismo revelou que quase 50% dos turistas nacionais utilizam as redes sociais como principal fonte de informação na hora de planejar uma viagem. Plataformas como Instagram, TikTok e Facebook ultrapassaram guias tradicionais, blogs e até mesmo agências especializadas, consolidando-se como ferramentas de decisão influentes, especialmente entre os jovens.

Esse dado, longe de ser apenas uma curiosidade comportamental, precisa ser encarado como um chamado à ação para os gestores públicos de turismo, sejam eles municipais, estaduais ou federais. O Brasil é um país de dimensões continentais, com uma diversidade natural e cultural que poucos lugares no mundo possuem. Porém, essa riqueza ainda é subexplorada. E se o turista já está nas redes, por que não ir ao encontro dele?

É preciso compreender que as redes sociais não são apenas vitrines digitais de paisagens bonitas, mas ambientes de construção de desejo e influência. Nessa lógica, blogueiros e influenciadores se tornaram verdadeiros agentes do turismo interno, com poder real de movimentar economias locais, divulgar novos destinos e transformar curiosidade em ação.

Ignorar essa tendência é insistir em uma lógica ultrapassada de promoção turística. Os tempos mudaram. Hoje, não basta mostrar o destino, é preciso inspirar a jornada. E isso, as redes sociais fazem como ninguém. É hora de profissionalizar as relações com influenciadores, criar programas estruturados de divulgação digital e usar o poder da internet para fomentar o turismo interno com estratégia e sensibilidade.