Por:

Por favor, Academia Brasileira de Cinema

O que parecia mais do que certo, parecia óbvio, pode não acontecer, dando aos próximos dias uma sensação de urgência para o cinema brasileiro. Isso porque a lista de candidatos a representarem o Brasil na categoria de Melhor Filme Internacional do Oscar foi divulgada nesta semana, com grandes longas em sua composição. Porém, por motivos óbvios, o de maior destaque é "O Agente Secreto", filme de Kleber Mendonça Filho e Wagner Moura, que levou os prêmios de Melhor Diretor e Melhor Ator em Cannes, e está em uma forte campanha internacional.

No entanto, existem rumores fortíssimos de que, internamente, a Academia Brasileira de Cinema, que escolhe o representante do país no Oscar, está extremamente dividida na indicação de "O Agente Secreto". Na verdade, circula internamente que "Manas" é o provável escolhido por eles.

E o motivo é surreal. Eles acreditam que a campanha do filme de Mendonça está tão forte lá fora que ele é capaz de conseguir sozinho indicações a categorias como Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator. A ideia da Academia Brasileira é "dar chance" a outro filme nacional, deixando o Brasil brigar em duas frentes.

O problema é que todo mundo sabe que, nesse cenário, o mais fácil é o país sair sem nenhum concorrente no Oscar.

Inscrever "O Agente Secreto" na pré-lista do Oscar é aumentar e muito as chances do Brasil voltar a brilhar no cenário do cinema mundial, trazendo holofotes - e possíveis investimentos - para o mercado nacional.

Apostar em uma escolha soberba e arrogante é praticamente garantia de fazer o país voltar com as mãos abanando.