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Ginga em forma de história brasileira

A capoeira, reconhecida pela Unesco como patrimônio cultural imaterial da humanidade, transcende a arte da luta e da dança: é expressão, história e identidade. Em cada movimento, carrega a memória de resistência do povo brasileiro, ao mesmo tempo em que se afirma como espaço de convivência, aprendizado e inclusão. É nesse espírito que nasce a primeira edição do Festival de Capoeira Inclusiva do Distrito Federal, nos dias 2, 3 e 4 de outubro, no Tagua Parque, em Taguatinga.

O evento, de entrada gratuita, propõe ir além da tradição e reforçar a capoeira como ferramenta de inclusão social. Professores, estudantes, crianças e adolescentes da rede pública e particular participarão de cursos, oficinas, workshops, apresentações e torneios, com atenção especial às pessoas com deficiência. A iniciativa evidencia que a capoeira não é apenas uma prática física ou artística, mas também pedagógica e social, capaz de transformar a percepção sobre diversidade e respeito.

Destaques do festival incluem a formação de professores em práticas inclusivas, aulas musicais e rodas adaptadas para crianças com deficiência, além de torneios que unem tradição e inovação. O reconhecimento aos participantes com medalhas e a participação de mestres na condução das rodas reforçam valores de respeito, meritocracia e colaboração.

Mais do que celebrar a capoeira, o festival é um convite à sociedade para repensar o papel da cultura na inclusão e no desenvolvimento de jovens. Mostra que a tradição, quando aliada à atenção social, pode promover experiências significativas e ensinar lições de empatia e cidadania. Um evento que reafirma: cultura e inclusão caminham juntas, e a capoeira, mais do que nunca, cumpre esse papel.