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Regulamentação das redes sociais

Cenas de caos e barbárie chegam de Katmandu, capital do Nepal, onde o ex-primeiro-ministro do Nepal Jhalanath Khanal, que renunciou nesta terça-feira (9), havia bloqueado as redes sociais que não obedeceram as ordens estabelecidas pela regulamentação do governo.

As manifestações violentas começaram na segunda-feira (8), após decisão do governo de bloquear redes como Facebook, YouTube, X. Já foram registrados mais de 20 mortos, incluindo a esposa de Khanal, Rabi Laxmi Chitrakar, que foi queimada viva por manifestantes dentro de sua própria casa.

Inicialmente, o bloqueio às redes foi usado como justificativa, mas já se fala que a revolta popular é motivada pelas denúncias contra a corrupção governamental.

O ponto é que esse capítulo marca mais uma vitória silenciosa das chamadas Big Techs norte-americanas. Novamente, empresas como a Meta (Facebook), de Mark Zuckerberg, e a xAI (X), de Elon Musk, que apoiaram Donald Trump nas últimas eleições, seguem interferindo nos interesses e políticas de países estrangeiros, desrespeitando a soberania internacional deles.

No Brasil, tramita no Congresso um projeto de regulamentação das redes sociais, a chamada "PL das Fake News", que visa responsabilizar as Big Techs pelas mentiras e violações de leis por meio das redes sociais.

É uma pauta de interesse geral, porque é impossível viver em um mundo no qual empresas norte-americanas se impõem sobre leis e regras de outros países, acreditando que o mundo é uma grande terra sem lei e que eles estão no comando. Quem elegeu essas empresas para liderarem o mundo? Então por que outros países deveriam atender seus interesses obscuros?