O 7 de setembro de 2025 foi marcado por um movimento claro: enquanto Lula e seus apoiadores se concentravam na Esplanada dos Ministérios, a direita voltou às ruas em peso neste domingo. Em São Paulo, no Rio de Janeiro e em outras capitais brasileiras, milhares se reuniram com uma pauta direta — pedir anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e protestar contra o ministro Alexandre de Moraes e o Supremo Tribunal Federal.
Na Avenida Paulista, a manifestação foi grande e organizada. Políticos, apoiadores de Bolsonaro e lideranças da oposição ao governo atual discursaram com foco em dois temas: liberdade e justiça. O tom dos protestos foi duro. Muitos cartazes e falas pediam o fim dos processos contra o ex-presidente, além de críticas diretas ao Supremo, especialmente a Moraes, chamado de autoritário por manifestantes.
No Rio de Janeiro, em Copacabana, o cenário se repetiu. Deputados ligados ao bolsonarismo participaram do ato, que teve gritos de ordem e pedidos de anistia. Embora não tenha sido um movimento violento, o recado foi claro: a base da direita continua mobilizada e disposta a pressionar o Judiciário.
As manifestações aconteceram justamente enquanto o STF julga Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe em 2023. O momento não é qualquer um. A tensão entre os poderes está no limite, e o que se viu nas ruas foi parte da sociedade reagindo a isso, mostrando que ainda há muita polarização no país.
A presença da direita nas ruas não é novidade. Desde que Lula assumiu o poder, o campo conservador tem realizado manifestações frequentes em diversas cidades do país, além de eventos como motociatas, carreatas e concentrações públicas com forte presença popular. O 7 de setembro foi mais um desses momentos, com estrutura, discurso definido e mobilização nacional.
Com o julgamento no STF em curso e as eleições de 2026 no horizonte, o recado das ruas está dado. A direita segue presente e atuante no cenário político nacional.