A China realizou um grande desfile militar em sua capital. Tanques, mísseis, aviões e soldados cruzaram as ruas com organização e força. Mas mais do que uma simples cerimônia, o que se viu foi uma mensagem clara: o país quer mostrar ao mundo — e especialmente aos Estados Unidos — que está pronto, forte e atento.
Durante muitos anos, acreditou-se que o mundo tinha apenas um verdadeiro líder: os Estados Unidos. Depois da Guerra Fria, com a queda da União Soviética, muita gente achou que a história tinha chegado ao seu ponto final. Mas o tempo mostrou que não é bem assim. Outras potências vêm crescendo, se armando, formando alianças e querendo mostrar que também têm voz.
A presença de Vladimir Putin, da Rússia, e de Kim Jong-un, da Coreia do Norte, ao lado do presidente chinês, Xi Jinping, não foi à toa. Os três países têm posições fortes contra o Ocidente, e essa imagem, exibida para o mundo inteiro, é simbólica. Ela mostra que existem blocos sendo formados, interesses em comum e uma certa união entre líderes que desafiam a ideia de que só um lado pode mandar.
Mostrar força militar é, muitas vezes, uma forma de falar sem usar palavras. O desfile deixou isso claro. Mísseis com longo alcance, armas modernas, drones e até robôs foram mostrados. Tudo isso serve tanto para o orgulho interno quanto para um recado internacional: a China está preparada.
Mas o que isso pode causar? Pode aumentar tensões entre países? Pode trazer novos conflitos? Ou apenas reforçar o equilíbrio, já que nenhum país quer enfrentar outro igualmente poderoso? São perguntas importantes. O mundo parece estar entrando em uma nova fase, onde mais de uma nação quer ter protagonismo.
É hora de parar e pensar: será que ainda vivemos em um planeta com apenas um dono? Ou será que estamos vendo nascer uma nova divisão de forças? Não cabe a este texto dar todas as respostas. Mas talvez seja hora de perceber que o mundo é grande demais para caber nas mãos de um único país — por mais poderoso que ele seja.