Quando certos administradores de órgãos públicos são instados por simples pressão pública a não serem afastados de seus cargos, isso será sempre definido pela solidariedade para a permanência dos indicados. Exatamente pelos muitos acertos de suas administrações.
É por isso que agora me fica claríssima a unanimidade do clamor que vem sendo dedicado à permanência do cientista e médico Jerson de Lima à testa da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro, a FAPERJ.
O que houve? Felizmente só rumores - tão simplesmente rumores - de que o reconhecido e elogiado Jerson de Lima, administrador do principal órgão público de incentivo às pesquisas, também à cultura e por certo à ciência, seria substituído. Apenas para atender à episódica e pontual(?)necessidade política do digno governador Cláudio Castro.
De fato, as labaredas que se acenderam para projetar o foco de luz na impecável administração do Professor Jerson nesses últimos anos estão mesmo cobertas de acertos e razões.
Não de hoje, os órgãos ligados à cultura e ao desenvolvimento da ciência reconheceram em Jerson de Lima um dos mais hábeis e corretos executivos em área tão difícil de ser equilibradamente compartilhada. Todos os setores interessados no assunto, cultura e ciência, ergueram suas solidariedades no sentido da permanência de cientista de tal porte e credibilidade à frente da FAPERJ.
Aliás, Jerson de Lima acumula premiações e citações como "homem do ano" em infindáveis registros de personalidades proeminentes, e isso em inumeras vezes consecutivas. Integrante da Academia Nacional de Medicina, Lima é reconhecido (e mesmo aclamado) em círculos internacionais, sendo nome visível quando se registram os maiores talentos emergentes do Brasil em ciência, tecnologia e novas formas de conhecimento e pesquisas a favor do ser humano.
Portanto, este artigo não atende senão às dezenas de solicitações que me foram endereçadas para que eu tornasse publica minha solidariedade pela permanência de Jerson de Lima à testa da FAPERJ. O que faço com emoção, dirigindo-a em especial a quem de direito, Claudio Castro.
*Presidente do Instituto Cravo Albin e do Pen Clube do Brasil
P.S: Acabo de saber que está à venda um dos mais belos sobrados ainda existentes na Cidade: a Casa Marc Ferrez, em plena Rua da Quintanda, no centro carioca. Ali desde 1915, a bela edificação abrigou o nome do principal fotógrafo dos últimos anos do Império brasileiro e dos primeiros da República, Marc Ferrez. O pioneiro fotógrafo teria registrado o Brasil inteiro, mas o Rio seria seu foco e sua paixão prioritários. Razão, aliás, de ter Marc Ferrez conquistado na Exposição Universal da Filadélfia(EUA), em 1876, sua primeira distinção internacional: a medalha de ouro.
Portanto, este artigo pretende alertar sobre o belíssimo sobrado, tanto quanto sobre a importância de Marc Ferrez. E, claro, do Professor Jerson Lima.