Com a proximidade de mais um final de ano, é absolutamente natural já estarmos pensando na organização das festividades. Como e onde será realizada a ceia de Natal? Passaremos em casa ou na residência de parentes? E a virada de ano? Será em casa ou na praia com amigos? São várias perguntas e questionamentos que todos fazemos, vislumbrando confraternizações agradáveis e felizes. Mas.. Nem tudo se resume a festa.
Assim como é certo as festas de final de ano, junto com elas chega a estação mais quente do ano: o verão! E as chuvas torrenciais que assolam as cidades, também. Já constatamos e noticiamos por diversas vezes os estragos ocasionados não apenas pela força bruta da natureza, mas sobretudo pela ausência notória de planejamento urbano e políticas públicas eficazes para mitigar os impactos causados pelos temporais, que todos nós sabemos que acontecem anualmente neste período do ano, e muitas autoridades são incapazes de fazerem o dever de casa.
Limpeza e desassoreamento de rios, canais e valões, entre outras medidas, que, por sinal, já eram para estar em plena e retumbante execução por parte de administradores públicos, em todos os níveis (municipal, estadual e federal). O que já se pode notar, é uma completa apatia e paralisia governamental. Gestores públicos que não se debruçaram em planejar ações para amenizar todos os transtornos causados pelo temporais. Uma situação que sinaliza desmandos administrativos, além de uma completa falta de sensibilidade e empatia. Expressões que aparentam estar fora do vocabulário de muitos administradores públicos.
Também não podemos eximir uma parcela da população, também responsável pelas enchentes que alagam vários centros urbanos. Principalmente quando insistem em atirar lixo nos rios e vias públicas. Não se trata apenas de um comportamento de gente incivilizada. É uma atitude altamente destruidora, ou pior: de autodestruição.
Tão certo como a ceia de Natal e Réveillon, as chuvas virão. E ainda tão certo como o ar que respiramos, as enchentes também. Muito especialmente por conta do desinteresse público e da incapacidade de se pensar em ações mais sustentáveis.