A obesidade é uma condição que afeta cada vez mais a população brasileira, com um impacto direto nos sistemas de saúde. Dados preocupantes mostram que 24,3% das pessoas nas capitais do país já convivem com a obesidade, e essa porcentagem cresce a cada ano. A Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) destacam a urgência em adaptar as unidades hospitalares para atender esses pacientes, apontando para a necessidade de mudanças estruturais e capacitação das equipes de saúde.
Essas adaptações, como o uso de macas reforçadas e a melhoria nas técnicas de intubação e acesso venoso, são essenciais para garantir um tratamento rápido e eficiente. A falta de preparo para lidar com a obesidade nas emergências médicas pode resultar em atrasos que colocam em risco a vida dos pacientes. Assim, a necessidade de investir em melhores métodos de tratamento e na conscientização da prevenção é evidente. Campanhas de prevenção à obesidade precisam ser fortalecidas, começando pela educação alimentar e estímulo à atividade física nas escolas, mas sem desconsiderar o impacto da saúde mental e do preconceito na vida das pessoas obesas.
É importante destacar que a obesidade deve ser tratada como uma questão de saúde pública e não com base em julgamentos preconceituosos, como o que ocorre quando essa discussão se mistura a discursos gordofóbicos. A saúde precisa ser o foco, sem discriminação de qualquer natureza. Todos os pacientes, independentemente de sua identidade ou aparência, merecem atendimento digno.