A Semana Nacional de Prevenção da Violência na Primeira Infância, que se estende de 12 a 18 de outubro, lança luz sobre a necessidade urgente de proteger as crianças contra a violência, abuso e negligência. Esse período da vida, que vai da gestação até os seis anos, é importantíssimo para a formação de cidadãos mais conscientes e pacíficos. As experiências vividas nessa fase moldam a saúde mental, física e o desenvolvimento socioemocional de uma pessoa. Assim, proteger as crianças não é apenas uma responsabilidade individual, mas uma missão coletiva que exige o envolvimento de toda a sociedade.
A ciência comprova que as conexões neurais formadas na primeira infância são determinantes para a vida adulta. Crianças que crescem em ambientes seguros e acolhedores têm mais chances de desenvolver habilidades cognitivas e emocionais essenciais. Por outro lado, as que sofrem maus-tratos ou negligência carregam cicatrizes profundas, muitas vezes invisíveis, que podem comprometer o desenvolvimento saudável e perpetuar ciclos de violência.
A iniciativa do Ministério da Saúde, que em 2024 promove ações no SUS para capacitar profissionais a identificar sinais de violência, é um passo significativo. No entanto, é necessário que essas ações não se limitem ao sistema de saúde. A escola, a família e a comunidade precisam atuar juntas, criando um ambiente onde a violência seja prevenida e denunciada.
Investir na primeira infância significa investir no futuro da sociedade. É garantir que essas crianças cresçam com dignidade, preparadas para um convívio social harmonioso e para serem agentes de paz.