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Dia das Crianças: os tempos mudaram, a alegria não

No dia 12 de outubro, é celebrado o Dia das Crianças em todo o território nacional. Nessa época do ano, lojas de brinquedos tendem a ter aumento em suas vendas, assim como parques de diversões e demais locais cujo público-alvo é infantil tendem a ter um aumento de circulação.

Na capital federal, há uma vasta programação de atividades para os pequenos, em lugares públicos e privados. Dentre os programas, há horta terapêutica, jogos interativos no departamento de Biologia da Universidade de Brasília (UnB), brinquedos infláveis em eventos espalhados pela cidade e até corrida infantil. Os passeios parecem divertidos, e divergem de um imaginário de que crianças não se movimentam mais e ficam o tempo todo atrás de telas.

É certo que, com o avanço do mundo tecnológico, crianças são expostas cada vez mais cedo a telas e incentivos tecnológicos. Dentro da arquitetura do plano piloto, não eram poucas as vezes em que diversas quadras das Asas Sul e Norte do avião de Niemeyer estavam lotadas de alegria através dos risos, brincadeiras e travessuras de crianças brincando embaixo dos blocos. Mas os tempos mudaram. A capital federal já não é tão segura como era anos atrás, o que amedronta pais em deixarem seus filhos brincando embaixo na rua ou do bloco, mesmo que vigiados por um porteiro.

Os tempos mudaram. As crianças hoje estão entretidas em jogos online e vídeos infantis no youtube. As formas de brincar hoje são diferentes, envolvem telas e jogos, os desenhos animados são diferentes.

Mas isso não quer dizer que os tempos estejam piores, apenas são diferentes. Crianças são adaptáveis a mudanças externas, aprendem mais rápido que adultos por ainda estarem com seus cérebros em formação, não ficam presas a um discurso melancólico de adultos que sempre insistem em dizer: "Na minha época era muito melhor". Os tempos mudaram, os sorrisos de alegria não.