1-A MORTE DO ENGENHEIRO DAS PALAVRAS. João Cabral de Melo Neto: há 25 anos, morria o poeta engenheiro das palavras. Por Edison Veiga. Preciso. Exato. Ciente do valor, do peso e da forma de cada palavra, cada expressão, cada verso. O pernambucano João Cabral de Melo Neto (1920-1999), antítese da ideia de que poesia é resultado de uma inspiração mágica, tornou-se um dos maiores poetas da língua portuguesa justamente porque perseguiu, com afinco, determinação e rigor, a inalcançável beleza da perfeição. Fazia versos como quem matematiza. Rimava como quem resolve das palavras uma equação. Debilitado pela cegueira e sofrendo de crises de depressão, João Cabral morreu em 9 de outubro de 1999 no Rio de Janeiro, onde vivia. Já estava imortalizado pela vasta e importante obra. Profissionalmente, Cabral foi diplomata. Seu maior sucesso: Morte e Vida Severina, publicado originalmente em 1955. (...) (BBC News Brasil)
2-FISSURA NA DIREITA. Apoio vacilante de Bolsonaro a Nunes gera fissura na direita. Oficialmente no palanque do prefeito de SP, ex-presidente evitou críticas diretas a Pablo Marçal. Por Luísa Marzullo e Gabriel Sabóia. A postura de Jair Bolsonaro (PL) durante o primeiro turno das eleições municipais gerou atrito entre aliados que, pela primeira vez, fizeram críticas públicas mais contundentes à estratégia do ex-presidente. O movimento é encabeçado por lideranças como o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, e o presidente do PP, Ciro Nogueira, ex-ministro da Casa Civil. (...) (O Globo)
3-VEREADOR NEGRO. 1 em cada 10 cidades brasileiras não terá nenhum vereador negro em 2025. Dos 626 municípios sem representantes pretos ou pardos, maioria está em estados do Sul. Por Natália Santos e Thiago Bethônico. Em janeiro, as Câmaras dos 5.559 municípios brasileiros passarão a ter uma nova composição de vereadores. Desse total, 11% não terão sequer uma cadeira ocupada por pessoas pretas ou pardas. (...) (Folha de S. Paulo)
4-NA FAZENDA DO CANTOR LEONARDO. Jornada de 10 horas, sem descanso semanal e outros direitos trabalhistas: saiba como era rotina de trabalhadores resgatados em fazenda de Leonardo. Fiscalização do Ministério do Trabalho resgatou seis trabalhadores em condições de trabalho semelhantes às de escravidão, incluindo um adolescente. Cantor diz que não sabia da situação. Por Larissa Feitosa, Gabriela Macêdo. Em relatório produzido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), ao qual o g1 teve acesso, os seis funcionários resgatados em condições análogas à escravidão em uma fazenda do cantor Leonardo disseram que trabalhavam 10 horas por dia, não tinham contrato e nem descanso semanal remunerado. Leonardo foi incluído na "lista suja" do ministério, divulgada na segunda-feira (7), após uma fiscalização resgatar seis trabalhadores em condições análogas à escravidão na Fazenda Lakanka, em Jussara, no noroeste goiano. Entre os resgatados, havia um adolescente de 17 anos de idade. Os seis funcionários resgatados dormiam em uma casa abandonada, localizada a 2 quilômetros da sede da Fazenda Lakanka. Segundo os fiscais, o local era "precário", sem banheiros e com camas improvisadas. Eles também identificaram infestação de morcegos e fezes. 'Surpreso e triste': Leonardo se pronuncia nas redes após ter nome incluído pelo governo na 'lista suja' do trabalho escravo. A fiscalização ocorreu em novembro de 2023 em duas fazendas: a Lakanka e a Talismã, que é avaliada em R$ 60 milhões. A segunda é citada porque, apesar de os trabalhadores resgatados estarem na Fazenda Lakanka, as duas ficam em área contígua e fazem parte do mesmo conjunto de operações agrícolas. Em nota ao g1, o Ministério Público do Trabalho confirmou que Leonardo já pagou as indenizações e o caso foi arquivado em abril deste ano. O cantor afirma que não sabia da situação até ser notificado pelas autoridades, pois a área fiscalizada está arrendada para outra pessoa. O documento descreve que o cantor tinha como obrigação contratual entregar uma parte da Fazenda Lakanka pronta para o plantio, garantindo que o solo estivesse limpo e preparado. Já o arrendatário, segundo o documento, era responsável por executar o plantio e o manejo das atividades agrícolas uma vez que a área estivesse adequada para isso. Por isso, embora o arrendatário tivesse responsabilidades sobre o plantio, as etapas de preparação do solo, como a catação de raízes e plantação de grama, ainda era de responsabilidade de Leonardo, tanto em termos de execução quanto de pagamento aos trabalhadores envolvidos. (...) (g1)
5-SIGNIFICADO DO RECUO DO X. Por Leandro Prazeres. Demonstração de força do Estado ante as chamadas big techs; precedente internacional e ponto de preocupação com suposto autoritarismo do Judiciário brasileiro. Foi assim que analistas ouvidos pela BBC News Brasil avaliaram o desfecho (pelo menos temporário) da crise instalada entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e Elon Musk, dono do X, após o fim da suspensão da plataforma no Brasil. "Big techs" é o termo normalmente usado para se referir a grandes empresas de tecnologia como Google, Meta, X e Microsoft. O fim da suspensão foi determinado na terça-feira (8/10) após a empresa cumprir uma série de determinações impostas pelo ministro Alexandre de Moraes. (...) (BBC News Brasil)
6-BOOMERS são a geração mais rica da história; millennials são os maiores perdedores, diz pesquisa. Millennials teriam retorno sobre dinheiro poupado muito menor do que gerações anteriores. Por Eleanor Pringle (Fortune) (...) (O Estado de S. Paulo) Um baby boomer é uma pessoa nascida entre 1946 e 1964 na Europa (especialmente Grã-Bretanha e França), Estados Unidos, Canadá ou Austrália. Na infância, adolescência e vida adulta jovem presenciaram a Guerra Fria, o que influenciou fortemente a visão política desta geração. Foram a geração que criou o movimento hippie. (...) A geração Y, também chamada geração do milênio, geração da internet, ou milênicos (do inglês: Millennials) é um conceito em Sociologia que se refere à corte dos nascidos após o início da década de 1980 até, aproximadamente, a primeira metade da década de 1990, mais especificamente os nascidos entre 1981 e 1996, conforme classifica a maioria dos especialistas, como é caso do instituto de pesquisa Pew Research Center. (...) (Wikipédia)
(*) José Aparecido Miguel, jornalista, diretor da Mais Comunicação-SP,
trabalhou em todos os grandes jornais brasileiro - e em todas as mídias.
E-mail: [email protected]