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A singularidade da eleição municipal

Que país é esse? Uma pergunta cuja resposta se dá em várias alternativas e todas estarão certas. Afinal, a única coisa que sabemos é que este país se chama Brasil e nele vivem vários brasis.

As eleições municipais provaram como cada cidade se comporta de uma forma distinta politicamente, com ou sem a intervenção do Governo Federal ou da oposição. Porém, o que deve ser levado em conta, neste ano, foi a grande polarização dos partidos denominados "Centrão".

O grande vitorioso, sem dúvida, foi o PSD, que fez mais prefeituras do que o tradicional MDB. Outros, como União Brasil, PP e Republicanos também saem fortes neste pleito municipal. Podemos, Avante, Solidariedade, PDT, PSB, Rede Sustentabilidade, Psol, PSDB e Cidadania também são outros que podem ter suas singularidades em cada município e região.

Agora, os dois grandes antagônicos, PT e PL, que proporcionam a maior divisão política do Brasil, com Lula e Bolsonaro, respectivamente, sendo as maiores estrelas de cada legenda, foram bem distintos um do outro. Enquanto o atual presidente não abocanhou uma quantidade expressiva de cidades, o ex-presidente fez uma enxurrada de municípios. Isso não prova que o Brasil está contra ou a favor do governo, e sim como a dicotomia regional pode muito bem se diferenciar da estadual e nacional. Eleger um prefeito não depende da estrutura político-partidária e sim de saber qual o melhor projeto para a sua região.

A pessoa pode votar em um partido a nível municipal, mas em outro a nível estadual e federal. E assim vem a pergunta: Que país é esse? Não sabemos, mas o que temos que ter em mente é de que há várias nuances dentro dele e que todas devem ser respeitadas.