O crescimento de 5,6% no número de estudantes matriculados no ensino superior brasileiro em 2023, em comparação com o ano anterior, é um marco importante que reflete transformações no acesso à educação. Com 9,9 milhões de alunos registrados, o país alcança o maior número de universitários dos últimos nove anos, mostrando o fortalecimento da busca por formação acadêmica, essencial para o desenvolvimento social e econômico.
O aumento das matrículas nos cursos de Educação a Distância (EAD), que já representam 49% do total, revela uma tendência que não pode ser ignorada. Com 4,9 milhões de estudantes na modalidade EAD, o Brasil está prestes a ver esses cursos superarem as matrículas presenciais, evidenciando uma mudança profunda nas preferências e necessidades dos estudantes. A diferença entre as duas modalidades é de apenas 150.220 matrículas, e, conforme projeções do INEP, a EAD deve ultrapassar o ensino presencial em breve.
Esse crescimento na educação superior, impulsionado pela flexibilidade oferecida pelo EAD, é positivo para democratizar o ensino. Permite que estudantes de diferentes regiões do Brasil, especialmente os que enfrentam barreiras de deslocamento ou precisam conciliar trabalho e estudo, tenham acesso ao ensino de qualidade.
No entanto, é fundamental que esse crescimento seja acompanhado de políticas públicas que assegurem a qualidade tanto do ensino presencial quanto do EAD. A expansão das universidades e faculdades deve ir além dos números, garantindo que o aumento das matrículas se traduza em uma educação sólida, capaz de formar profissionais para o mercado de trabalho.