Mais uma eleição se aproxima. Faltando seis dias para o momento de elegermos prefeitos e vereadores por diversas cidades pelo país, se faz absolutamente necessário resgatarmos o sentido deste processo, trazendo à memória, especialmente dos futuros prefeitos, que gestão pública é feita por gente.
O que mais observamos, depois da posse de chefes do Executivo, é um comportamento de distanciamento dos munícipes, e por consequência, dos reais problemas que afligem as cidades que administram. Em paralelo ao distanciamento, a tomada de decisões sem ao menos consultar o que a população efetivamente deseja. Resumindo: prefeitos que se "encastelam" em seus gabinetes altamente refrigerados e confortáveis, e que evitam ao máximo o contato com o povo. São administrações sem a alma e a presença da população. A mesma população que merece exercer o papel de protagonista, e não de coadjuvante ou figurante dentro dos capítulos de construção das políticas públicas municipais.
Não dá para imaginar como correto que um administrador, eleito pelo voto popular, consiga gerir os negócios públicos e tomar decisões a partir de sua própria cabeça, sem antes ouvir os anseios da população. O que vemos por aí, são prefeitos que se acham imperadores ou soberanos. E que no alto de uma arrogância e prepotência sem limites, esquecem de suas origens e, sobretudo, ignoram o propósito de seus cargos e a razão de terem sido eleitos para o cargo. Que estes sejam varridos da vida pública.
Em suma, que no dia 6 de outubro a população vote consciente, na certeza de fazerem escolhas responsáveis, seja para o Executivo ou o Legislativo de suas cidades.