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Oriente Médio, uma terra em ebulição

E o barril de pólvora chamado Oriente Médio não para de explodir. Agora, é a guerra entre Israel e Hezbollah. Ou melhor, entre Israel e Líbano.

Por mais que haja fatores políticos-religiosos no meio dessa questão, o histórico-cultural também pesa e se preza na questão.

Nunca deve ser deixado de lado o fator da "Terra Prometida", tanto para os árabes quanto para os judeus. E tudo isso na disputa por uma única cidade: Jerusalém, a terra sagrada para ambas as religiões.

Ou seja, se desde a época antiga o local é de disputa por vários povos que já viveram ou que se instalaram na região, isso não poderia ser levado em consideração pela ONU em 1949? Essa é uma pergunta cuja resposta fica na indefinição, tanto no sim quanto no não, já que a consequência foi essa divisão entre Israel e Palestina, um um povo sem Estado.

Passadas décadas e décadas, com vários conflitos sendo realizados e terminados, estamos na iminência de mais um ou mesmo de outro de longa duração. Só que, desta vez, além de Israel e Hamas, outro grupo extremista está no pacote: o Hezbollah, aliado do Hamas no Líbano. Daí, a consequência disso tudo é uma guerra regional, com predominância em parte do Oriente Médio.

Até agora, os efeitos da diplomacia para amenizar o conflito foram em vão. Pelo contrário, eles nem ajudaram ou mesmo pioraram a situação. Deixaram mais a guerra em banho-maria do que em passos de resolução para uma paz ou para um cessar-fogo.

Portanto, resta aguardar as cenas dos próximos capítulos para sabermos efetivamente onde esta guerra vai chegar a em que pé ela vai se formar, se numa montanha ao estilo Aconcagua ou Everest, ou mesmo uma Fossa Mariana. De qualquer forma, será um conflito mais profundo e duradouro, cujo cume não será delimeado ou mesmo configurado.

Assim, só nos resta esperar e ver até onde essa guerra vai, torcendo para que os civis fiquem ilesos e não sejam castigados por esses conflitos étnicos-religiosos, com viés históricos-culturais.