O Clube de Engenharia, sediado no Rio de Janeiro, é a mais antiga entidade associativa da América Latina de engenheiros, fundada em 1880. E com rica história no Rio e no Brasil.
Dois políticos do Rio, e de tendências ideológicas diferentes, foram marcantes presidentes da entidade e de deputados federais: Maurício Joppert da Silva, pela UDN, e Hélio de Almeida, pelo PTB e MDB. Ambos também foram ministros: Joppert, de Dutra e Hélio, de Jango.
Esta semana marcou a volta à presidência do clube do professor, educador, engenheiro e empresário Francis Bogossian, que já havia tido mandatos anteriormente. Francis foi importante dirigente do Sindicato e da Associação de Empresas de Engenharia do Estado, quando tínhamos obras públicas significativas na área. Homem de prestígio pessoal, espírito público, elegante e cordial, exerce seus posicionamentos com categoria.
O Brasil e o Rio vivem um momento em que é importante a voz da sociedade, através de suas forças vivas, serem ouvidas, sem o sectarismo polêmico que prejudica o crescimento e a consolidação democrática. Carecemos de lideranças como Rui Gomes de Almeida, Rui Barreto, Zulfo de Freitas Mallmann, João Dault, do passado.
No esforço de todos para recuperar o centro do Rio, o papel de entidades como o Clube de Engenharia é fundamental. O seu imponente prédio, que leva o nome do ex-presidente Edison Passos, é icônico na Av. Rio Branco e forma o conjunto de entidades e espaços culturais que por si só justifica o empenho do prefeito Eduardo Paes em recuperar a área como um todo.
A presença na sua direção de um engenheiro com a dimensão de Francis Bogossian certamente será um ganho não só para os engenheiros, mas também para a cidade do Rio de Janeiro.
E não menos importante, Francis é casado com a jornalista Hildegard Angel, cuja presença nos jornais com textos muito ajudaram a atrair visitantes para a cidade, com o glamour que ela mais do que ninguém soube divulgar. Ela mesma é mecenas na moda com atividade respeitada na cidade, onde fundou e dirige o Instituto Zuzu Angel, homenagem à sua mãe, que levou a nossa moda para os grandes centros mundiais.