A Academia Brasileira de Letras, ao longo de sua história, já foi buscar para seus quadros notáveis que por diversos motivos não postulavam a imortalidade acadêmica. Mas não o suficiente para ter enriquecido seus quadros com valores que pertencem à história da cultura brasileira. Nas últimas décadas, tem sido mais plural, deferência que anteriormente se limitava a presidentes da República - Vargas e FHC - e a campeões da mídia, como Assis Chateubriand e Roberto Marinho. E tem eleito gente de teatro, música, cinema.
Não se faz cultura sem editoras e nem editoras relevantes sem editores de sólida cultura. Nos anos 1940 e 1950, a Casa de Machado de Assis poderia ter atraído homens fundamentais no lançamento de grandes obras de autores nacionais, como os casos de José Olympio Pereira, Augusto Frederico Schmidt, este bom poeta e ensaísta, e Henrique Pongetti, entre outros.
Neste momento, embora tenha editores com obra publicada, se destaca a personalidade discreta de José Mario Pereira, da Topbooks, que há muitos anos trabalha junto à ABL, conhecido por todos, cuja cultura e competência como editor é mais do que reconhecida. Roberto Campos costumava dizer que tinha esperanças na nova geração por ter trazido homens como José Guilherme Merquior, que foi acadêmico, e José Mario Pereira, a quem confiou o seu consagrado "A lanterna na popa", apesar de assediado por editores maiores. Quem o conhece sabe que jamais postularia, motivo pelo qual o chamamento deveria de partir, se for o caso, dos homens que pensam a Casa de Machado com visão global, integrando representante de atividade fundamental para a vida cultural do Brasil.
A Topbooks tem editado nomes consagrados Gilberto Freyre, Carlos Coni, Antônio Risério, Ledo Ivo, Merval Pereira, Afonso Arinos Sobrinho, Roberto Marinho entre outros.
Outra lembrança a ser considerada é a presença de historiador a ser pinçado na entidade irmã, o Instituto Histórico e Geográfico.