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Desinteresse político ainda é realidade

Para aqueles que ligaram suas TVs na Rede Globo na noite de terça-feira, 16 de abril, até puderam achar que em algumas cidades brasileiras estava sendo realizada algum tipo de manifestação. Imagens aéreas traziam uma multidão de aproximadamente 15 mil pessoas lotando o Largo de São Sebastião, em Manaus, no Amazonas, com dizeres, cantos e bandeiras. Além de muita gente também em Alegrete, no Rio Grande do Sul; e no bairro Cajazeiras, em Salvador, capital baiana.

Mesmo muito semelhantes às manifestações políticas, nada tinham a ver e as imagens traziam milhares de brasileiros torcendo pelos finalistas do Big Brother Brasil, o principal reality show da emissora. Sem contar o pico de 36 pontos de audiência em Salvador, 30 no Rio e 26 na Grande São Paulo, segundo o que foi divulgado.

Foram realmente imagens impressionantes, nunca vistas em uma final recente de programas de televisão. Agora, estamos há seis meses das eleições municipais e será que os pré-candidatos, que virão candidatos, a prefeito e vereador, terão o mesmo 'exército' que Davi, Matheus e Isabelle tiveram? Vale ressaltar que as redes sociais também se movimentaram e muito com os assuntos envolvendo os participantes. Defensores surgiram de todos os lugares, quando Davi, por exemplo, se envolvia em alguma briga.

Mas por que estamos fazendo essa relação do BBB com as eleições? Porque ainda sabemos que existem muitos brasileiros desinteressados com a política de sua cidade e isso não deve ser mais realidade. Se todos soubessem da importância e da responsabilidade de uma eleição para o futuro do local, de fato levariam a sério. Como a disputa pelos mais de R$ 2 milhões de reais foi levada.

Já já vamos nos deparar com as campanhas eleitorais e logo após, teremos que apertar as teclas das urnas eletrônicas. Pensem bem que o futuro de onde você mora só depende de você e daqueles que estão à sua volta. Política é coisa séria e deve ser discutida sim, com muito respeito.

Vamos aguardar os próximos meses, e esperamos que largos, como o de São Sebastião, também sejam lotados. E que a audiência dos debates também tenham picos históricos.

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