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O fenômeno da Olimpíada nos países

Um marco em toda a Olimpíada são os 100 dias que antecedem os jogos, quando a chama é acesa e se inicia o processo de viagem pelo mundo. Neste ano, o evento, que, apesar de não sair conforme o planejado, tem algo a mais. Programado ou não, os Jogos Olímpicos de Paris acontecem exatamente 100 anos depois da última edição na capital francesa. Sua abertura, inlcusive, quase casa com o encerramento do evento de 1924. Naquele ano, as competições terminaram em 27 de julho e agora, em 2024, a abertura acontece em 26 de julho.

Coincidências ou não, importante frisar o que o evento provoca na cidade sede. No Rio, desde a sua preparação em 2009 até 2016, quando os esportes ocorreram, a cidade se transformou, principalmente na questão da mobilidade urbana. Linhas de metrô foram estendidas até a Barra da Tijuca, bairro que concentrou grande parte das competições, no Parque Olímpico, construido numa área onde antes era um autódromo. Os famosos BRTs surgiram no período, para melhorar o deslocamento da população durante os Jogos, assim como das delegações e turistas. Fora isso, outras mudanças significativas puderam ser vistas na capital fluminense, a primeira da América do Sul a receber o torneio.

Porém, mais do que ser palco do principal evento olímpico, é saber como lidar com o legado dele. Grécia e China são dois exemplos de países que não souberam aproveitar muito isso, com alguns estádios se transformando em empreendimentos sem fins para a população ou mesmo para a prática esportiva na região em que foram construídos. No Rio, o legado vem acontecendo aos poucos. Já em Londres e na Alemanha, muitas as estruturas até hoje servem de eventos para clubes e sociedade.

Mais do que marco histórico, com trocadilhos, os Jogos Olímpicos de Paris podem marcar uma nova era para o evento, que já tem as próximas edições com cidades definidas: Los Angeles (EUA) em 2028 e Brisbane (Austrália) em 2032. Que a capital francesa faça da Olimpíada um marco para a transformação social que tanto necessita, deixando-a mais inclusiva e receptiva.

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