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Informação é arma necessária

Findado o prazo para as filiações partidárias, já se pode ter uma ideia daqueles que se apresentarão como candidatos às prefeituras e câmaras municipais nas eleições de outubro, nos mais de cinco mil municípios brasileiros. É fato que até o início das convenções, no mês de julho, muitas surpresas podem ocorrer, como fruto das articulações e do próprio jogo político. No entanto, assim como os postulantes já se preparam para o pleito, a população, a partir de agora, pode começar a avaliar a vida pregressa e os feitos até então, daqueles que pretendem administrar suas cidades e compor o Legislativo municipal.

É comum por diversas cidades, pré-candidatos fazerem promessas até fora de sua alçada. Por exemplo: o indivíduo que quer ser vereador, mas garante para os seus eleitores que vai construir escolas, pavimentar ruas e reformar postos de saúde. Ou é puro desconhecimento do sujeito (que nem sabe o que vai fazer no cargo) ou não passa de má-fé e oportunismo eleitoreiro, buscando se eleger na base da enganação. Só por aí, o eleitor já pode perceber a incapacidade do cidadão para exercer a função disputada, pois a atribuição do vereador é elaborar projetos de lei e fiscalizar os atos do poder Executivo, o prefeito, que possui a prerrogativa de executar obras e melhorias no município.

Uma eleição decidida sem a informação plena por parte de seus eleitores, torna-se absolutamente nociva no que se refere ao desenvolvimento pleno das cidades. Até porque, existem municípios pelo Brasil que aparentam estar parados no tempo. Cenários desoladores de pobreza, miserabilidade, e da mais completa ausência do preceito de dignidade da pessoa humana, ponto crucial preconizado em nossa Constituição Federal de 1988. Gestores públicos e legisladores (com suas exceções), rasgaram há tempos a Carta Magna, ao deixarem a população padecer, sem a garantia dos seus direitos fundamentais.

Eleições municipais retratam o Brasil real. Exatamente onde os problemas mais complexos acontecem no cotidiano de milhares de brasileiros, afinal, todos vivemos em cidades. A complexidade dos problemas exige preparo, competência e capacidade de resolução. E como sempre, caberá ao eleitor fazer a sua escolha. Eleitor bem informado terá menos chances de errar.

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