Muitos dizem que a moda volta de tempos em tempos. E parece que a tal fábula invadiu o mundo político brasileiro. Em debate no Congresso Nacional, o fim da reeleição e a volta dos mandatos presidenciais de cinco anos, como eram no período de 1946 a 1964.
Na Constituinte de 1946, além de outras medidas inéditas para a época, a adoção dos mandatos de cinco anos nos cargos do Executivo provocou uma grande volatidade no teor político dos comandados, em termos, pois, o grupo era o mesmo. De Dutra para Vargas; de Vargas para JK; e de JK para Jango (excluo aqui os sete meses de Jânio Quadros, pois pouco aconteceu no país no govenro dele), a diretriz política fora praticamente a mesma, do populismo.
Se for seguir o exemplo do Chile, a cada cinco anos entra a direita ou a esquerda, conforme a vontade do eleitor e do progresso governo vigente. Porém, não se sabe que o feito seguirá aqui no Brasil.
De qualquer forma, voltar ao sistema de mandatos de cinco anos no Executivo prova que a reeleição pode estar com os dias contados e que a disputa política ficará mais acirrada.
Veremos os próximos capítulos desta novela no Congresso e se o tema seguirá ou ficará engavetado.
*Historiador e Jornalista
