Por: José Aparecido Miguel (*)

Petista confia mais em instituições que bolsonarista, mostra pesquisa

1-CALENDÁRIO PARA PRENDER BOLSONARO -Investigadores traçam calendário para condenar Bolsonaro à prisão por tentativa de golpe. Ex-presidente deve se explicar a Moraes sobre ida à embaixada da Hungria. Por Rafael Moraes Moura e Malu Gaspar. Enquanto Jair Bolsonaro se complica com a descoberta de sua visita clandestina à Embaixada da Hungria em Brasília, os investigadores que trabalham no inquérito sobre a trama golpista instalada na cúpula de seu governo para impedir a posse de Lula trabalham de olho no calendário que eles mesmos estabeleceram, desde a conclusão da apuração até o julgamento. (...) (O Estado de S. Paulo)

2-BREQUE NECESSÁRIO EM BOLSONARO - Maierovitch: Há necessidade de se dar um breque em Bolsonaro. Após o jornal norte-americano The New York Times revelar que Jair Bolsonaro passou duas noites na embaixada da Hungria, a prisão preventiva do ex-presidente se mostra necessária, afirmou o jurista e colunista Wálter Maierovitch no UOL News de terça (26). (...) (UOL)

3-LULA E A VENEZUELA - Recusa da Venezuela em cumprir acordo para eleições tornou posição de Lula insustentável, dizem analistas. Governo brasileiro apostava em estratégia de aproximar o país vizinho, afirmam especialistas, mas problemas se acumularam com o cerco da ditadura de Nicolás Maduro à oposição. Por Jéssica Petrovna. (...) Governo Lula critica ditadura de Maduro por veto a candidata, mas mantém oposição a sanções. (...) (O Estado de S. Paulo)

4-CONFIANÇA NAS INSTITUIÇÕES - Petista confia mais em instituições que bolsonarista, mostra pesquisa Datafolha. Por Igor Gielow. Em mais um retrato da natureza da polarização brasileira, os eleitores que se dizem bolsonaristas confiam muito menos nas instituições do que aqueles que se são petistas declarados. É o que aponta a mais recente pesquisa do Datafolha, feita em 19 e 20 de março com 2.002 entrevistas em 147 municípios do país. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos. O instituto apresentou aos ouvidos, como faz com regularidade, uma ficha pedindo para que apontassem a sua confiança em dez instituições. O resultado, com algumas variações, não mudou o cenário registrado em setembro do ano passado. Depois, o Datafolha cruzou o resultado com a autodeclaração política dos entrevistados, que no cômputo geral desenha um quadro com 41% de petistas e 30% de bolsonaristas, incluindo nos grupos aqueles que se dizem muito afinados à orientação e os que afirmam ser um pouco. Em apenas três itens os apoiadores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Jair Bolsonaro (PL), concordaram, de forma aproximada: no seu grau de confiança nas Forças Armadas, nas grandes empresas e nas redes sociais. Nas outras categorias, divergências abissais sobre o que acham da Presidência, do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional, dos partidos, da imprensa, do Judiciário e do Ministério Público. O caso dos militares, categoria que historicamente é atacada pela esquerda e que virou vilã recente dada a simbiose com o governo Bolsonaro e a presença de oficiais graduados nas tramas golpistas que antecederam o 8 de janeiro, é particularmente curioso. No geral, colocados no centro da crise da apuração sobre a conspirata bolsonarista neste trimestre, os militares não tiveram uma grande mexida de percepção. Não confiam neles 23% (eram 21% antes), ante 76% que confiam muito ou um pouco (78% em setembro). Questionados, bolsonaristas que não confiam nos militares são 28%, ante 71% que confiam. Petistas, 20% e 79%, respectivamente. Sobre grandes empresas, os índices gerais de 76% de confiança e 21% de desconfiança encontram 75% e 23% entre bolsonaristas, e 79% e 19%, hoje são mais malvistas pelos seguidores de Bolsonaro do que pelos de Lula. Bolsonaristas repetem o índice geral de 50% de confiança ante 49% de desconfiança, enquanto lulistas são mais generosos, com 54% e 45%, respectivamente. (...) (Folha de S. Paulo)

5-SABOTAGEM POLICIAL - Investigação da Polícia Civil do RJ não fez diligências e sabotou caso Marielle, diz PF. Relatório aponta falhas como falta de imagens de câmeras, criação de enredos falsos e sumiço de materiais. Por Fabio Serapião. A Polícia Federal elenca no relatório final do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes uma série de falhas na investigação conduzida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro como causa da ausência da identificação dos mandantes ao longo de seis anos desde o crime. Segundo investigadores federais, o então chefe da corporação fluminense, Rivaldo Barbosa, foi um dos arquitetos do crime ao garantir antes mesmo do assassinato que a investigação não alcançaria os reais mandantes. Quem chefiou a investigação no Rio foi o delegado Giniton Lages, indicado por Rivaldo. Ambos negam envolvimento na morte da vereadora. Rivaldo foi preso e Lages alvo de busca e apreensão no último domingo (24), quando a PF prendeu Domingos e Chiquinho Brazão, apontados pelo ex-PM Ronnie Lessa como mandantes do crime. (...) (Folha de S. Paulo)

6-JOESLEY E WESLEY estão de volta. Os irmãos Wesley e Joesley Batista voltarão a ocupar cargos no conselho de administração da JBS depois de quase sete anos. Afastados do conselho desde maio de 2017, eles renunciaram aos cargos em meio a acusações de que teriam utilizado informações privilegiadas sobre as delações premiadas fechadas com o MPF para manipular o mercado com a compra e venda de ações. (...) (O Antagonista)

7-ESTATAIS E ESTRANGEIROS - Interferência do governo em estatais eleva dúvidas e acelera saída de estrangeiros da Bolsa. Fluxo de investimentos do exterior acumula déficit de R$ 21,2 bilhões. Ações da Vale e da Petrobras caem. Por João Sorima Neto, Juliana Causin e Vinicius Neder. (...) (O Estado de S. Paulo)

8-ENEL DEVE 60 BILHÕES de euros, tem cortes de luz na AL e cai na Bolsa. Por Lílian Cunha. A Enel é a maior empresa da Bolsa da Itália, com um valor de mercado de 61 bilhões de euros (R$ 329 bilhões de reais). Porém, a companhia controlada pelo governo italiano tem uma dívida 60,2 bilhões de euros, conforme seu relatório de resultados divulgado em fevereiro. E também é o pivô da queda de energia em outras capitais da América Latina, como a que aconteceu em São Paulo na semana passada. A Enel, italiana que controla a Enel Brasil, tem uma dívida que corresponde a R$ 325 bilhões. (...) (UOL)


(*) José Aparecido Miguel, jornalista, diretor da Mais Comunicação-SP,
trabalhou em todos os grandes jornais brasileiro - e em todas as mídias.
E-mail: [email protected]

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