Por: Barros Miranda*

A corrida eleitoral nos EUA já começou

Donald Trump e Joe Biden, sem grandes surpresas, atingiram o número de delegados para serem nomeados nas convenções de seus partidos, Republicano e Democrata, respectivamente, os candidatos à presidência dos Estados Unidos, nas eleições de novembro. Sem muito alarde, essa foi uma das primárias mas rápidas, previsíveis e, no bom linguajar, fúnebres, da história dos EUA. Sim, em clima de velório mesmo, pois ninguém tinha ânimo para enfrentar os favoritos. Enquanto Biden busca uma reeleição, podendo ser o presidente norte-americano mais velho da história, Trump busca voltar a Casa Branca, de onde saiu em 2021.

Mais uma vez, as atenções se voltam para os estados pêndulos, em especial da região dos Grandes Lagos: Michigan, Wisconsin, Minnesota, Illinois, Indiana, Ohio, Pensilvânia e Nova Iorque. Enquanto uns são declaradamente democratas e outros republicanos, há os que variam conforme a situação socioeconômica do país, casos de Michigan e Wisconsin.

Vale ressaltar que o sistema eleitoral norte-americano é diferente do brasileiro, onde o eleitor vota no candidato e aquele que conseguir a vitória no estado, leva o número de delegados para a convenção nacional, onde é sacramentada a eleição do presidente. Na história recente, vários candidatos venceram no voto popular, mas não obtiveram o número mágico de 270 delegados, para virar presidente.

Apesar de complexo e as vezes até confuso, o sistema eleitoral dos EUA é bastante contraditório em alguns fatores, mas tem suas regras bem definidas, e sem margem de interpretação equivocada.

A largada já foi dada antes mesmo da hora, resta saber quem conquistará o eleitor nos estados-chave para vencer a disputa e assumir a presidência do país em 2025.

*Historiador e jornalista

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