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As duas faces de uma estreia vitoriosa

Após a excelente partida de estreia do técnico Dorival Júnior à frente da Seleção Brasileira, o lateral-direito Danilo, escolhido para ser o capitão brasileiro na partida contra a Inglaterra, deu uma entrevista dizendo que a chegada do treinador foi muito bem-vinda porque Dorival é conhecido por não querer "reinventar o futebol".

Na fala, Danilo citou que faltava organização à Seleção. Nas redes sociais, torcedores falam em uma possível reclamação velada ao técnico anterior, Fernando Diniz, que é conhecido por seu estilo de ataque total, valorizando a posse de bola e as saídas 'kamikazes' para envolver o adversário.

Ao mesmo tempo que é possível que tenha sido uma mensagem direcionado ao ex-treinador do Brasil, esse discurso demonstra dois pontos curiosos dos jogadores mais experientes da 'Canarinho'. O primeiro deles é a falta de capacidade de adaptação, porque se até mesmo jogadores de nível inferior conseguiram se adaptar ao estilo de Diniz no Fluminense, conquistando a primeira Libertadores do clube em mais de 121 anos, por que jogadores gabaritados, com anos de Europa são incapazes?

Por outro lado, é uma realidade que o formato de treinamentos das seleções nacionais é pouco propício para o estilo de trabalho de Diniz. O tempo de treinamento é escasso. O treinador não está em contato com os jogadores 24h por dia, como nos clubes. Então, partindo desse ponto, um trabalho continuado de Fernando Diniz parecia impossível na maior seleção do mundo.

Dito isso, a vinda de Dorival tem um estilo mais dinâmico e que costuma funcionar em Copas. Tomara que dê certo.

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