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É preciso pensar na classe trabalhadora

O forte calor que atinge grande parte do Brasil, colocando a sensação térmica na casa dos 60º C em alguns estados, como no Rio de Janeiro, faz com que seja necessário emitir alertas para os cuidados com a alta temperatura.

Se por um lado o calorão é um deleite para os amantes de praia e para quem tem uma piscina à disposição, ele também é um verdadeiro inferno para quem trabalha em exposição ao sol ou com vestimentas totalmente incondizentes com os termômetros.

A classe trabalhadora é sempre a que mais sofre quando os fenômenos naturais (ou nem tão naturais assim) resolvem exercer toda a sua força.

É preciso repensar a cultura de obrigatoriedade nos uso de algumas vestimentas em dias em que a temperatura supera qualquer resistência humana. Da mesma forma, deve ser obrigação das empresas fornecer condições adequadas aos funcionários que trabalham expostos ao calor, como alimentação e hidratação adequada.

Não é cabível, em pleno 2024, sustentarmos o sofrimento de trabalhadores com o calor em prol de uma cultura que nem tem origem brasileira.

Para isso é preciso que os homens e mulheres que gerem as leis e o poder de decisão no país exerçam o trabalho de empatia com o próximo.

É impensável não se solidarizar com um trabalhador vestido com paletó e gravata em um calor de quase 60º C.

Os avanços nas leis trabalhistas que ao longo dos anos garantiram mais direitos à classe trabalhadora não pode ignorar essa questão térmica tão importante, que afeta a integridade física e a saúde de homens e mulheres dispostos a trabalhar.

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