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Fim da reeleição novamente em jogo

Não é de hoje que o Congresso Nacional levanta a pauta pelo fim da reeleição para os cargos Executivo (prefeitos, governadores e presidente da República). De acordo com levantamentos realizados através de informações dos anais do próprio Congreso, a pauta já foi discuta ao menos 57 vezes, desde 1997, quando a emenda constitucional da reeleição foi aprovada pelo Parlamento.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), trata o tema com a mais absoluta prioridade. É seu último ano à frente da Casa, sendo natural querer a máxima celeridade na discussão.

A proposta apresentada mais recentemente e que se encontra em tramitação, é a PEC 12/2022, de autoria do senador Jorge Kajuru (PSB-GO), que acaba com a reeleição e aumenta o mandato no Executivo para 5 anos.

Fato é que, com toda a proximidade de um pleito eleitoral, a discussão volta à tona, como uma tentativa de resolução aos questionamentos feitos pela sociedade, acerca da produtividade daqueles que estão no poder, sobretudo, os que possuem a caneta e chave do cofre nas mãos.

Em ano de eleições municipais, nos mais de 5 mil municípios, as necessidades são mais evidenciadas e escancaradas, guardadas as devidas exceções no modo de administração de gestores pelo país. Mas tendo a sensibilidade para ouvir o que a população diz, seja pelas redes sociais ou em uma simples conversa numa roda de amigos, consequentemente surgem as insatisfações com a falta de serviços essenciais para o desenvolvimento local (saneamento, drenagem e pavimentação), assim como os atendimentos básicos em saúde e na qualidade da educação. Tudo, caindo diretamente na conta dos gestores: prefeitos, governadores e presidente.

Com o fim da reeleição (se aprovado), talvez ocorra maior vontade e disposição em equacionar os problemas que afligem a população, nas pequenas, médias e grandes cidades. Ou executa ao menos o básico durante o mandato de cinco anos, ou passará o tempo e sairá da administração direto para o ostracismo, dependendo da conjuntura política e da avaliação dos eleitores, que podem acabar não perdoando malfeitos.

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