Por: Pedro Sobreiro

'Todos Nós Desconhecidos' aposta na empatia e no luto para criar drama profundo

Drama é garantia de choro | Foto: Divulgação

Lançado nos EUA no final de 2023, 'Todos Nós Desconhecidos' tinha grande expectativa de figurar no Oscar deste ano. Porém, o drama acabou ficando de fora da premiação mais famosa do mundo, o que reduziu um pouco do hype por aqui. E nesta quinta, esse espetáculo de filme chega aos cinemas brasileiros.

A trama acompanha Andrew, um roteirista solitário (Andrew Scott), que vive praticamente sozinho em um prédio em Londres. Certa noite, ele acaba encontrando seu único vizinho, um jovem meio desiludido (Paul Mescal) que aparece bêbado e tenta conversar.

O que parecia uma situação desconfortável acaba se desenvolvendo em um romance LGBT que poderia cair para o clichê, mas o longa evita essa armadilha ao trazer para a cena o passado do protagonista.

Andrew está constantemente visitando seus pais no lar em que cresceu. Porém, conforme é revelado com o passar do longa, o roteirista perdeu os pais em um acidente automobilístico quando tinha apenas 12 anos.

Então, conforme seu relacionamento com o rapaz vai se aprofundando, Andrew vê sua relação com os espíritos mudar. O luto é um sentimento profundo e extremamente complicado de lidar, assim como a solidão. Ao misturar esses dois elementos em um só personagem, 'Todos Nós Desconhecidos' cria uma trama empática muito cativante e poética.

É impossível não embarcar no enigma de Andrew, que precisa aprender a seguir com a vida, enquanto tenta resolver seus receios. Ao mesmo tempo, a relação entre os protagonistas é instigante. Assim, quando o público menos espera, as lágrimas escorrem nesse filmaço esnobado pelo Oscar.

 

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