Por: Paulo Cézar Caju*

Futebol virou a casa da mãe Joana?

O técnico Tite, do Flamengo, e seu assistente, o filho dele, durante coletiva após jogo com Fluminense. | Foto: Reprodução

Geraldinos, inicio a coluna desta semana agradecendo a homenagem que ganhei do Canal 100, do Alexandre Niemeyer, filho de Carlinhos Niemeyer, que está no instagram (@paulo cezarcaju). Um vídeo de 20 minutos com jogadas minhas no Botafogo, para vocês matarem a saudade dos bons tempos do futebol brasileiro...

E falando no Botafogo, o time jogou bem durante os primeiros 30 minutos contra o Aurora, relembrando até a equipe do início de 2023. Só para mim, pois a ESPN estava era agourando muito contra o meu Fogão. Rogério Vaughan e Paulo Calçade praticamente torcendo para o Aurora fazer um gol ou mesmo vencer o jogo. E quem assistiu, provavelmente percebeu isso também. E não é de hoje que a ESPN fala mal dos clubes cariocas. A emissora fala bem dos clubes paulistas e poucos dos demais. Basta ver os programas deles e perceberem a quantidade de minutos para São Paulo, Palmeiras, Santos e Corinthians; e para Flamengo, Botafogo, Vasco e Fluminense. E o Júnior Santos? Ele pode ser um jogador com um bom porte físico, mas ele ainda precisa melhorar alguns fundamentos, como o chute e o passe, para ser um atacante ainda mais completo e não tomar decisões bisonhas.

Outro assunto do futebol carioca — e nacional — que também gostaria de destacar é a questão de como o banco de reversas virou espaço para famílias. Cuca tinha na comissão técnica o irmão. Tite tem o filho, assim como Dorival e Ramo Díaz. Isso virou a casa da mãe Joana? Eles podem ser uns bons profissionais, mas isso não pode virar algo comum no futebol brasileiro, pois parece que o esporte virou cabine de emprego.

E agora, Geraldinos, as Pérolas da Semana, com os comentarias (analistas de computadores) cada vez mais se superando nas suas análises e comentários sobre os jogos.

1 - "Depois que inventaram a linha de 5 posicional, plantada, descontinuando a retranca. Isso só acontece no último terço do campo, que quebra a linha da consistência alta, gerando espaços exploratórios por dentro".

2 - "Três zagueiros a encaixar metodologia confortável, concorrendo a duas vagas no último terço e confortável, fazendo a linha de transição com consistência e assistência".

3 - "Espaçar o campo entre os jogadores, cruzou por baixo, com peças incorporando a linha de 4, não fazendo a dinâmica do jogo, de velocidade e troca de passe".

4 - "Jogo confortável, compactado por dentro, com jogadores indo pelo lado do campo, quebrando as linhas dos alas".

*Ex-jogador de futebol. Fez parte da seleção do Tricampeonato Mundial no México em 1970. Atuou nos quatro grandes clubes do Rio (Flamengo, Botafogo, Vasco e Fluminense), Corinthians, Grêmio e Olympique de Marseille (França).

 

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