O espírito solidário do jovem Marcos Vinícius, de 20 anos, morador do município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense (RJ), foi visto pelo Brasil e o mundo inteiro através das redes sociais, durante o resgate de uma mãe com suas duas filhas dentro de um carro no meio das enchentes na cidade. A ação, ocorrida na noite da última quarta-feira (21), foi o ápice para a transformação de um simples jovem da periferia de Nova Iguaçu, em um herói nacional.
Nas entrevistas concedidas para os veículos de comunicação, o jovem relatou não ter pensado em absolutamente nada, a não ser em salvar a família da enxurrada. Certamente, no momento exato em que se encontrava no ônibus, no meio do temporal, o rapaz não imaginaria tamanha repercussão do fato. O sentimento colaborativo e a proatividade de um jovem, que poderia muito bem ter visto a situação e seguido em frente naquela forte chuva, está sendo merecidamente reconhecido em todo o país, e também fora do Brasil, com as imagens que viralizaram pela internet.
Quantas vezes não vimos casos de tragédias iminentes, em que a preocupação exclusiva é filmar a concretização do caos para postar nas redes sociais? Muitos, naquele mesmo coletivo em que se encontrava o herói de Nova Iguaçu, certamente também filmavam a situação. Movido por um ímpeto de coragem e compaixão, Vinicíus se tornou referência nos quesitos solidariedade e empatia. Naquele cenário, ele assumiu riscos evidentes, numa postura ousada e de decência que merecem ser aplaudidas. Aliás, aplaudir boas e nobres ações, é uma raridade no Brasil e no mundo, considerando o egoísmo, a indiferença e a motivação em ajudar alguém para tentar levar uma vantagem pelo que fez. Não seria o ideal aplaudir e destacar boas atitudes. Quando isso acontece, denota que estamos cada vez mas distantes de uma sociedade minimamente civilizada, desprendida e abnegada para o exercício do bem da coletividade. Um princípio básico, ensinado dentro de casa por famílias estruturadas, e que independe do quanto se tem no bolso. É notório os valores e princípios quando nos referimos a Marcos Vinicius, morador da Baixada Fluminense, que deu uma aula de empatia, civilidade e respeito ao próximo. Critérios que não exigem quantia em dinheiro ou patrimônios. Basta somente bom caráter e espírito de boa vontade.
