Poucos nomes da música foram tão revolucionários quanto o do jamaicano Bob Marley. Responsável por trazer a paz do reggae para o cenário do pop mundial, o jamaicano popularizou a religião e filosofia Rastafári ao promover o pacifismo em meio ao caos político que vivia sua terra natal.
Em 'Bob Marley: One Love', que chegou aos cinemas brasileiros oficialmente nesta quinta-feira (15), o diretor Reinaldo Marcus Green quis contar um pouco mais sobre o ser humano por trás da lenda, contando com uma atuação fascinante do britânico Kingsley Ben-Adir como Bob Marley.
Diferentemente de outras biografias de ícones da música, a trama de 'One Love' é menos didática e já começa com o líder da banda 'The Wailers' consolidado no mundo da música. Logo de cara, o que mais chama atenção é o trabalho de outro mundo feito pela caracterização. A primeira impressão que fica é a de estar assistindo uma cena retirada de um documentário. Junto a isso, o trabalho de ambientação, recriando a estética dos anos 70 e 80, é de encher os olhos.
Embalada pelos principais hits de Bob Marley, a trilha musical é um show à parte.
Porém, o filme sofre com uma certa confusão na trama, que conta capítulos conturbados da vida do músico de forma não-linear, quase como lembranças do protagonista trazidas de volta em momentos de crise. Sua relação quase messiânica com o Rastafári também é abordada de forma polêmica.
No fim das contas, mesmo que de forma confusa, 'One Love' é um filme interessante que consegue passar a mensagem de Bob Marley para a nova geração, 43 anos após sua trágica morte prematura.