A maior novela do Vasco da Gama neste início de temporada não envolve nenhum reforço, mas o destino do terceiro jogador mais caro da história do clube: Luca Orellano.
Contratado a peso de ouro junto ao Vélez, o argentino chegou como uma grande promessa, mas não se adaptou ao estilo de jogo de Maurício Barbieri. Com a saída do suposto treinador e a vinda de Ramon Diáz, lenda do futebol argentino, era esperado que Orellano tivesse uma melhora no rendimento. E isso de fato ocorreu.
No entanto, a comissão achou melhor preservá-lo para adaptá-lo aos poucos, fazendo com que o jovem chegasse a 2024 com tudo para jogar seu melhor futebol. E algo mais raro aconteceu nessa situação: a torcida comprou o discurso e apoiou um jogador que praticamente não jogou em 2023.
Agora, em 2024, o ano começou e ele pediu para ir embora. Desde o início, Orellano não queria vir para o futebol brasileiro. Só que ele foi seduzido por um discurso fajuto de Paulo Bracks - e pelo caminhão de dinheiro que foi oferecido a ele - e veio para o Vasco a contragosto.
O problema é que o Vasco da Gama é uma instituição grande demais para ficar refém de um jogador que nunca ganhou nada na carreira. O atleta, que se diz profissional, tem contrato e deve cumpri-lo. Será inaceitável se a diretoria se curvar aos desenhos de um jovem mimado, dispensando ou emprestando ele.
Orellano recebe muito bem e precisa jogar até que surja uma proposta que cubra o prejuízo deixado por ele.
E para o Vasco fica a lição de analisar o psicológico dos atletas em seu Scout. Chega de trazer jovens de mente fraca.