Faz pouco mais de um ano que o Rei Pelé faleceu. Aos 82 anos, Edson Arantes do Nascimento se foi, deixando um legado de 1283 gols, três Copas do Mundo, duas Copas Libertadores e dois Mundiais de Clubes. Ao longo de sua gloriosa carreira, o 'Atleta do Século' se tornou sinônimo de Brasil e a cara do futebol no mundo.
O mundo pode não conhecer o nome do presidente da Nigéria, mas certamente já ouviu falar em Pelé. E por ter sido um atleta espetacular até seus últimos dias, o Rei sempre foi muito ativo na divulgação do esporte e sempre colaborou com as campanhas da FIFA, que reconheceu seus feitos, incluindo os mais de mil gols, e fez questão de se apoiar na boa imagem de Pelé para promover sua imagem e interesses.
No entanto, nos últimos anos, quando Pelé começou a ficar mais debilitado, ficando impedido de fazer longas viagens e consequentemente promover os projetos da FIFA, a entidade máxima do futebol começou a rever seus recordes pessoais, passou a tratá-lo apenas pelos 767 gols oficiais marcados na carreira e deixou de considerar os 91 gols feitos pela Seleção Brasileira, trabalhando apenas com os 77 'oficiais'.
'Coincidentemente', isso aconteceu junto a proximidade do fim da carreira de Lionel Messi, que se transferiu para o Inter Miami, após vencer a Copa do Mundo 2022.
Messi também tem a imagem de 'bom-moço', é carismático e traz números impressionantes. Além disso, ele é 'jovem' e tem décadas para virar o novo garoto-propaganda da FIFA. Com isso, situações constrangedoras, como sua vitória no The Best, que não conta o período da Copa, começam a chamar atenção dos fãs do esporte, e devem constranger o próprio Messi, que sabe que não merecia o prêmio de melhor do mundo por sua temporada no quase amador futebol norte-americano.
Com a morte do Rei, a FIFA iniciou seus trâmites para tentar fabricar um novo 'Rei'. Os fãs do Maradona apontavam isso do próprio Pelé. Agora, é a vez dos fãs de Cristiano Ronaldo criticarem o novo queridinho da FIFA. Tem quem compre o projeto, mas Rei mesmo só o incomparável Pelé.
