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Semana para refletir e combater a intolerância

Na última terça-feira, 16 de outubro, foi iniciada a Semana Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, seguindo até o próximo domingo (21). Instituída em 2007, através da Lei nº 11.635, de 27 de dezembro, o dia 21 de janeiro foi escolhido em homenagem a Mãe Gilda de Ogum, que foi vítima de perseguições, agressões físicas e verbais, provocadas pelo preconceito e intolerância à sua religião, sendo exatamente o dia 21 de janeiro (Dia de Combate à Intolerância), a data de seu falecimento; servindo como um importante alerta para dar visibilidade à luta pelo respeito a todas as crenças.

A semana serve como um momento de celebração da fé e da diversidade, como elementos fundamentais e garantidos por lei. A liberdade de crença, em suas mais diversas faces, não pode ser, em hipótese nenhuma cerceada.

Em 2023, mais de 176 mil casos de racismo e intolerância religiosa foram registrados pelos tribunais de todo o Brasil. E a semana, reservada para a reflexão, é apenas um caminho para ação contínua de esclarecimentos e posicionamentos contundentes na defesa da liberdade religiosa; com destaque sobretudo para as religiões de matriz africana (umbanda e candomblé), historicamente perseguidas, muito por conta da ignorância e incapacidade daqueles que não conseguem conviver com o que difere de seu modo de vida. Mas a ignorância, fruto do desconhecimento e da ausência de vontade em conhecer a nossa história, acaba chegando ao ápice da marginalidade ao atacar centros e terreiros das religiões de matriz africana.

A sociedade brasileira não pode aceitar a intolerância como algo natural. As lideranças religiosas, principalmente da umbanda e do candomblé, por serem as mais atingidas, merecem o mais absoluto respeito. Basta de intolerância!

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