Por: José Aparecido Miguel (*)

Existe uma cegueira do Brasil em relação à Amazônia, diz Moreira Salles

1 - CLIMA E DOENÇAS - As doenças que podem aumentar no Brasil com as mudanças climáticas. Doenças como AVC, esquistossomose, malária e dengue devem aumentar no Brasil. Por Rone Carvalho. Cassia Lemos, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), é uma das brasileiras que tem se dedicado a prever como as mudanças climáticas devem impactar o sistema de saúde do Brasil. A articuladora da AdaptaBrasil, plataforma que mostra os potenciais riscos das mudanças climáticas no país em diversas áreas, afirma que estudos já mostram que as doenças que mais devem aumentar com as mudanças climáticas são as arboviroses. "Além da dengue, que já é um problema, nossas projeções mostram que a malária deve se alastrar ainda mais pela região Norte e atingir de forma intensa o litoral do Nordeste até 2050." (...) (Folha de S. Paulo)

2- COMO? Sabesp: governo quer baixar conta d'água para mais pobres, mas não diz como. Por Giuliana Saringer. O governo de São Paulo vai criar um fundo para reduzir o preço da conta de água para a população mais pobre com a venda da Sabesp. O fundo será criado com pelo menos 30% do dinheiro arrecadado com a privatização da empresa e também será destinado para financiamento de obras de saneamento, visando a universalização do serviço. Mas não se sabe quanto dinheiro o governo deve ganhar com a privatização, qual será o destino dos outros 70% e nem como esse fundo irá funcionar. O que se sabe - Pelo menos 30% do valor arrecadado arrecadado com a privatização da Sabesp deve ser usado para um fundo destinado à universalização do saneamento básico. O fundo é chamado de Fausp (Fundo de Apoio à Universalização do Saneamento no Estado de São Paulo). A meta do fundo é reduzir tarifa para os mais pobres, afirma o governo. Segundo o texto, esse fundo será usado para universalizar o saneamento e para financiar obras, entre outras finalidades. Não há muitas informações a respeito de como o fundo funcionará. O Marco Legal do Saneamento Básico prevê a universalização do serviço até 2033. O governo diz que, com a privatização, será possível alcançar a meta em 2029. (...) (UOL)

3- O NOVO PETRÓLEO NO BRASIL - 'O etanol é o novo petróleo, e o Brasil é a Arábia Saudita', diz CEO da Atvos. Executivo da segunda maior produtora de etanol do país, Bruno Serapião, defende o protagonismo do Brasil nos biocombustíveis. Por João Sorima Neto. A COP28 (Conferência de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas), encerrada na semana passada em Dubai, reuniu pessoas do mundo inteiro para discutir soluções que possam reduzir as emissões de carbono e deter as mudanças climáticas. Bruno Serapião, CEO da Atvos, segunda maior produtora de etanol do país, foi até lá falar sobre como os biocombustíveis ajudam a resolver esse problema. Em entrevista ao Globo, ele defende o protagonismo do Brasil nessa discussão, dada a sua posição competitiva nos combustíveis de fontes renováveis. O uso sustentável da terra por essa indústria é outro ponto que ele defende e diz ser um dos principais focos da Atvos. (...) (O Globo)

4- CEGUEIRA SOBRE AMAZÔNIA - Existe uma cegueira do Brasil em relação à Amazônia, diz Moreira Salles. Jornalista participou do ciclo Perguntas sobre o Brasil ao lado de Ane Alencar, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia. Por Gabriel Araújo. O jornalista e documentarista João Moreira Salles (que é um dos principais acionistas do grupo Itaú-Unibanco) retomou a origem do nome Amazônia para demonstrar um problema de séculos durante a 25ª edição do ciclo de diálogos Perguntas sobre o Brasil, realizada no último dia 6. Em fevereiro de 1542, o frei dominicano Gaspar de Carvajal, que estava em viagem com o colonizador espanhol Francisco Orellana, chegou à região norte do país e relatou o encontro que teve com as Icamiabas, mulheres indígenas que, como escreve a historiadora Patrícia Valim, viviam numa "sociedade matriarcal dotada de leis próprias". Como conta Moreira Salles, autor de "Arrabalde: Em Busca da Amazônia", lançado no ano passado pela Companhia das Letras, Carvajal deu a elas o nome de "amazonas" devido à referência que tinha das guerreiras da mitologia grega. Logo, a região passou a ser conhecida dessa forma. "A Amazônia foi assim batizada por um erro de interpretação, pois, evidentemente, Carvajal não viu isso", afirmou o jornalista, fundador da revista piauí. "Desde o início, a gente entendeu, interpretou e compreendeu errado a floresta. Não quisemos vê-la". Tamanho desconhecimento, que se intensificou ao longo da história e resultou numa indiferença em relação às culturas tradicionais daquele espaço, é um dos motivos que levaram o Brasil, enquanto país e povo, a não reconhecer a importância da Amazônia. A percepção é compartilhada pela geógrafa Ane Alencar, diretora de ciência do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), que também participou do debate. O evento foi mediado pelo jornalista Vinicius Sassine, correspondente da Folha em Manaus. (...) (Folha de S. Paulo)

5- COP NO AZERBAIJÃO - Após indefinições, Azerbaijão vai receber edição de 2024 da COP (Conferência de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas). Rússia e Armênia indicaram que não vão vetar que o país seja o anfitrião; edição de 2025 será no Brasil. Por Ana Carolina Amaral. (...) (Folha de S. Paulo)

(*) José Aparecido Miguel, jornalista, diretor da Mais Comunicação-SP,
trabalhou em todos os grandes jornais brasileiro - e em todas as mídias.
E-mail: [email protected]

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