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Por uma sociedade menos hostil a elas

A publicação desta terça-feira no Diário Oficial da União, permitindo que todas as mulheres agora tenham direito a um acompanhante maior de idade, sem que haja necessidade de aviso prévio, durante as consultas médicas, exames e procedimentos realizados em unidades públicas e privadas de saúde, chega como um alívio.

Em um cenário em que acompanhamos notícias assustadoras de mulheres sendo violentadas física e psicologicamente em diferentes ambientes, qualquer tipo de ação para protege-las precisa ser vista com bons olhos.

Mesmo que seja necessário também lamentar e lutar contra os motivos que levam a nova permissão ser tão necessária.

Além das mulheres, agora, poderem exigir a presença de uma companhia de confiança ao seu lado durante as consultas sem a necessidade de um aviso prévio, com a nova lei publicada, as pacientes femininas passam a ter direito também a um acompanhante designado pela unidade de saúde em casos de sedação.

É importante também que nova lei seja, de fato, cumprida e posta em prática. É necessário fazer com que os profissionais entendam o cenário hostil a mulheres em muitas situações para que a aceitação à nova realidade aconteça mais facilmente.

Além disso, cabe aos profissionais de saúde e também às unidades médicas a informarem as mulheres sobre esse novo direito adquirido.

Haja visto que quando uma mulher se dirige para alguma clínica ou hospital, ela não está lá porque quer, mas sim porque precisa estar ali e um atendimento com segurança e respeito é o mínimo que qualquer mulher precisa receber.

Ainda segundo a nova lei, apenas em casos extremos, em que a vida da mulher está em risco é que a ausência de um acompanhante é tolerada.

Espera-se que nova lei seja um passo para a diminuição da violência contra as mulheres. É preciso criar uma sociedade menos agressiva às mulheres e também mais rigorosa contra os agressores e contra quem coloca a segurança feminina como um assunto menos importante. Ao mesmo tempo, sonha-se com um mundo em que essas ações não sejam mais necessárias.

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