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Cais do Valongo é um marco para o Rio

Foi entregue, na última quinta-feira (23), o projeto de revitalização e preservação do sítio arqueológico do Cais do Valongo, na região da Pequena África, no Rio de Janeiro.

Descoberto durante as obras para revitalizar o Porto Maravilha, grande boulevard das Olimpíadas Rio 2016, o Cais do Valongo, ou Cais da Princesa, é o que restou do porto por onde os negros escravizados chegavam à cidade e, posteriormente, eram postos à venda.

E se tratando de números, esse foi o cais que mais recebeu pessoas escravizadas do Brasil e de toda América Latina.

A descoberta desse pedaço de história que estava soterrada sob o asfalto fez com que a Unesco reconhecesse o sítio como Patrimônio Mundial da Humanidade. No entanto, isso trouxe algumas responsabilidades que não foram cumpridas pela gestão passada, como a manutenção e preservação da área, que tem sua reconhecida importância para a história social do Brasil e do mundo.

Diante do descaso e da má-conservação, o Cais do Valongo esteve ameaçado de perder o título da Unesco. Porém, com a obra entregue na última quinta, o ponto agora entra de vez no circuito turístico e histórico do Rio de Janeiro, com visitas guiadas e atenção especial para a região, que abrigará futuramente um museu com atividades socioeducativas para as crianças e pessoas pretas do Rio.

Há quem não entenda a importância deste sítio arqueológico, mas basta estudar minimamente a história do país para compreender. Sua valorização é necessária e importante para diversos setores do Rio. E a manutenção deste sítio é uma vitória em todos os sentidos possíveis para a Cidade Maravilhosa.

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